Até 8 de junho a Federação Nacional da Educação, FNE, tem no terreno uma campanha que visa valorizar os profissionais do ensino e da educação, a que o Sindicato dos Professores da Zona Centro se “associou”, disse em declarações à Rádio Covilhã o coordenador da delegação da Covilhã deste sindicato.
Carlos Costa falava em frente à Escola Secundária Quinta das Palmeiras, esta terça-feira, onde o sindicato colocou a faixa alusiva à campanha na Covilhã.
Em termos práticos, ao longo deste período, os sindicalistas irão colocar faixas em escolas de todo o país, por forma a sensibilizar as comunidades para os problemas que o pessoal docente e não docente enfrenta, “que já existiam e que a pandemia veio em muitos casos expor e agravar”, reforçou o dirigente.
Carlos Costa destaca a necessidade de “rejuvenescimento dos profissionais do setor, o investimento concreto na edução e o ultrapassar dos problemas da precariedade”, como metas a atingir.
O responsável pelo SPZC nesta região afirma que “o grande problema” é que o Ministro da Educação não “vem a terreiro e não debate os verdadeiros problemas da edução”, afirmando que é preciso “transmitir às comunidades” que os sindicatos “não estão a ser ouvidos” porque “ministro não dá a cara e não debate”, reforça.
Embora se trate de problemas nacionais, esta região é também espelho desta realidade, vinca Carlos Costa. “Temos um corpo docente muito envelhecido também na Covilhã”, afirma o responsável mostrando-se convicto que “na próxima década muitos professores irão sair para a aposentação”.
Considerando este um “verdadeiro problema” sustenta que “não defendem para os professores um regime diferente”, mas reitera que “são uma profissão de desgaste”, dando como exemplo “um educador de infância que não conseguirá responder, depois dos 60 e poucos anos, às necessidades de uma turma”, razão pela qual defendem, entre outras medidas, que “a partir dos 50 anos aconteça a redução progressiva dos tempos letivos, sendo remetidos para outras funções”, disse.
A contabilização de todo o tempo de serviço prestado para efeitos de posicionamento em carreira, recuperando o tempo de serviço congelado e ainda não considerado; a revisão das remunerações da carreira docente, com particular incidência, no início da carreira e respeitar os limites do tempo de trabalho são outros temas que a campanha que agora se iniciou pretende expor.