Programa do WOOL 2021 promete exposições, visitas guiadas e pintura de murais

O WOOL celebra uma década de existência e apresenta uma programação com mais de 40 iniciativas de diversas áreas, nomeadamente, Pintura Mural, Residências Artísticas, Exposições, um Filme Musicado, Visitas Guiadas e Ações Comunitárias, sendo que toda a programação do festival é de acesso gratuito.

As intervenções murais são o foco principal da programação que apresenta dois artistas internacionais como o Coletivo Licuado, uruguaio e Marta Lapeña, de nacionalidade espanhola, e Daniel Eime e Thecaver, ambos portugueses.


Destaque para a intervenção de Colectivo Licuado, que assinala os 140 anos da 1.ª Expedição Científica à Serra da Estrela e o trabalho do Daniel Eime, que irá abordar a temática do papel da mulher na secular indústria dos lanifícios covilhanenses.

Na programação de 2021 as Residências Artísticas, que já se encontram em desenvolvimento, estão a cargo de Raquel Belli, fotógrafa e artista visual, “que aplica técnicas e padrões usados em cestaria e tecelagem”, e Nuno Sarmento “que, desde cedo, tem o desenho como sua grande paixão”, revela a nota de imprensa.

Segundo o documento, o resultado do trabalho desenvolvido por Raquel Belli, “que tem por base uma recolha pessoal e fotografias cedidas pela comunidade”, será exposto “em várias montras de espaços de comércio local da Covilhã, reforçando o circuito de visitação pelas cerca de 40 peças que compõem atualmente o Roteiro WOOL”.

O artista catalão Jofre Oliveras regressa novamente à Covilhã, depois de ter participado na edição de 2020 do WOOL, na companhia da premiada fotógrafa Lucía Herrero “para darem continuidade ao trabalho iniciado no ano anterior e em conjunto apresentam a Exposição CRISIS, que conta com o apoio da Guarda 2027, região candidata a Capital Europeia da Cultura EM 2027”.

A Exposição CRISIS, “pretende ser uma reflexão sobre as inúmeras crises ambientais, sociais ou económicas que sendo globais, também compreendem inúmeros impactos no ‘local’”.

Aheneah, artista portuguesa que tem “procurando desconstruir e transformar a técnica tradicional do bordado” também estará pelo WOOL 2021, na orientação da Ação Comunitária Juntos Ponto Por Ponto.

No que toca à música, a programação do WOOL, inclui, segundo explica a nota de imprensa, um Filme Musicado, “ou seja, a sonorização do centenário filme “Covilhã Industrial, Pitoresca e seus arredores tocada ao vivo pela banda First Breath After Coma”.

Está também programado o desenvolvimento de um Roteiro Sonoro, que sob orientação de Daniel Tavares Nicolau aka Defski, pretende “captar a aura que emana de cada obra e transmitir o âmago do WOOL”, afirma o artista, citado no documento.

Para além da recolha de texturas recolhidas “in loco” na cidade da Covilhã e de gravações captadas durante os processos criativos, Defski convidou vários músicos nacionais e internacionais para a criação de “10 paisagens sonoras”, entre os quais Hugo Correia, Sylvester Onyejiaka (elemento da banda New Power Generation de Prince entre 2012 e 2014), Matt DeMerritt (flautista que tem trabalhado ao longo dos anos com os De La Soul) e Sam Merrick (baterista de Charles Bradley e Sharon Jones).

A organização do festival WOOL 2021, frisa ainda na nota de imprensa que tem como objetivo “não só celebrar os 10 Anos de existência do 1º Festival de Arte Urbana em Portugal como continuar a honrar os objetivos iniciais do projeto que incluíam ‘ocupar’ as ruas da cidade da Covilhã com Arte, tornando esta acessível a todos, democratizando-a e desta forma promover um despertar e interesse da comunidade para a Cultura e Arte e uma desejável ocupação e transformação de toda esta região”.

Foto: Página do Facebook do Wool