Associação de Municípios da Cova da Beira pretende desenvolver a recolha de biorresíduos

A Associação de Municípios da Cova da Beira (AMCB) promove, em colaboração com o Instituto Politécnico da Guarda, e com as autarquias envolvidas, a elaboração de estudos para o desenvolvimento de sistemas de recolha de biorresíduos.

Para além dos Municpios da Cova da Beira (Covilhã, Belmonte e Fundão), a ação envolve ainda Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Guarda, Manteigas, Mêda, Penamacor, Pinhel, Sabugal e Trancoso e tem um valor global de 65 mil euros, avança a AMCB.


A elaboração conjunta destes estudos possibilita a realização de um estudo supramunicipal para a região envolvida, o qual está a ser também elaborado pela AMCB, “permitindo uma visão integrada desta temática bem como a definição de estratégias de atuação que beneficiem a região”, frisa a instituição.

A elaboração dos estudos decorre da aprovação, em 30 de maio de 2018, da Diretiva (UE) 2018/851 do Parlamento Europeu e do Conselho que altera a Diretiva 2008/98/CE relativa aos resíduos, que veio estabelecer a obrigatoriedade de os Estados Membros assegurarem, até 31 de dezembro de 2023, que os biorresíduos são separados e reciclados na origem ou recolhidos seletivamente, a fim de evitar o tratamento de resíduos que relega os recursos para os níveis mais baixos da hierarquia de gestão dos resíduos, por exemplo aterro, e permitir uma reciclagem de elevada qualidade e de impulsionar a utilização de matéria -prima secundária de qualidade.

Os biorresíduos representam uma grande quantidade de recursos que podem ser utilizados em novas aplicações.

“Foram objetivos gerais destes estudos, identificar as melhores soluções a implementar com vista a assegurar que os biorresíduos são separados e reciclados na origem ou recolhidos seletivamente com a máxima eficiência pelos sistemas em baixa e devidamente encaminhados para tratamento nas infraestruturas dos sistemas em alta, de modo a obter benefícios económicos globais na sua valorização, evitando em paralelo os custos e impactos decorrentes da necessidade de eliminação deste tipo de resíduos”, sustenta a Associação.

Segundo explica as soluções a implementar têm como objetivo “o aproveitamento local dos biorresíduos produzidos (compostagem doméstica); a disponibilização de equipamentos de separação e reciclagem na origem (compostagem comunitária); a disponibilização de uma rede de recolha seletiva de biorresíduos; o desvio de biorresíduos de aterro e valorização energética; a recolha de biorresíduos com qualidade e em quantidade suficientes para justificar o tratamento em alta”.