70% da população vacinada. Fim do uso de máscara depende “da apreciação do parlamento”

Portugal atingiu os 70% de população com a vacinação completa contra a covid-19, revelou hoje a ministra da saúde, Marta Temido, que enfatizou o cumprimento da meta antes do prazo fixado pela ‘task force’.

A governante admitiu que já “era expectável que durante esta semana” se atingisse a fasquia dos 70% e sublinhou que a confirmação foi dada hoje pela equipa coordenadora do plano de vacinação, liderada pelo vice-almirante Gouveia e Melo.


A ministra da Saúde disse ainda que o fim do uso obrigatório de máscara, previsto para quando Portugal atingisse 70% da população vacinada contra a covid-19, está “dependente da apreciação do parlamento”.

A meta dos 70% agora alcançada estava associada à passagem para a segunda das três fases de desconfinamento do plano do governo para a gestão da pandemia. O prazo previsto pelo governo para ser atingido o patamar dos 70% de cidadãos vacinados era 5 de setembro e o primeiro-ministro, António Costa, avançou em 29 de julho com a possibilidade de antecipar o levantamento de medidas restritivas caso a vacinação conseguisse alcançar mais depressa as metas previstas.

Em causa está o fim da obrigatoriedade do uso de máscara em espaços públicos ao ar livre, o recurso aos serviços públicos sem necessidade de marcação prévia, o aumento de lotação no setor da restauração para oito pessoas por grupo no interior e 15 por grupo em esplanadas, bem como em espetáculos culturais e casamentos ou batizados, que passam a poder ter até 75% da ocupação dos espaços. Porém, a ministra da saúde fez uma distinção entre as medidas.

“São coisas distintas, aquilo que é o compromisso de alívio de medidas associado a esta verificação positiva de resultados tem a ver com regras de lotação e isso depende de uma apreciação do Conselho de Ministros. Uma alteração de circunstâncias deste tipo pode motivar uma reunião extraordinária amanhã (sexta-feira), depois de conhecido o relatório da Direção-Geral da Saúde e do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge; coisa diferente é o tema das máscaras”, sublinhou Marta Temido.