Festival de Teatro traz à Covilhã 8 espetáculos de “alta qualidade”

O Festival de Teatro da Covilhã, com organização do Teatro das Beiras, vai trazer à cidade 8 espetáculos, apresentando um cartaz “diversificado e de grande qualidade”, disse aos jornalistas o diretor artístico do certame, Fernando Sena.

O responsável falava na conferência de imprensa de apresentação do Festival esta quinta-feira, e explicou que, face aos tempos de incerteza que o país atravessava aquando da sua programação e agendamento, que poderiam impossibilitar as escolas do ensino básico de estar presencialmente no teatro, a organização optou por retirar os habituais espetáculos para este público, o que reduziu o número de peças a apresentar.


O grosso da programação do Festival vai decorrer de 5 a 14 de novembro, sendo que uma das peças, “Gostava de estar viva para vê-los sofrer!”, a partir “de algum tempo a esta parte”, de Max Aub, pela Companhia de Teatro de Braga, estará em cena no dia 30 de novembro, uma vez que só é possível realiza-la no Teatro Municipal e por ocasião do festival este ainda não abriu ao público.

Há ainda um outro espetáculo previsto para o Teatro Municipal, pelo Teatro da Terra, mas que para já foi retirado do cartaz e ainda não tem data para se apresentar na Covilhã.

“A diversidade das propostas artísticas, dentro do que é possível fazer na sala do Teatro das Beiras” é sempre o critério principal para a programação, precisamente para evitar estes condicionalismos, defendeu ainda o diretor.

Confrontado com o facto de nestas datas decorrer também na Covilhã o Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior, Fernando Sena diz que “é um risco que se corre quando não há uma estruturação da programação cultural da cidade”. Afirma que as datas para o festival estão escolhidas há um ano, tal como o Ciclo de Teatro já terá escolhido as suas há muito tempo “mas não há conhecimento disso”. “Falta uma agenda conjunta”, sendo que a Câmara seria “o seu catalisador para que não houvesse eventos uns em cima dos outros”, disse.

O Festival de Teatro da Covilhã, realiza-se desde 1980 e este ano tem um orçamento de cerca de 30 mil euros, começa a 5 de novembro com a peça “A noite de Molly Bloom” de James Joyce, pela ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve, às 21:30. Às 16:00, de dia 6, o Teatro do Montemuro apresenta “À espera que volte”, de Madalena Victorino e Paulo Duarte, um espetáculo dirigido às famílias.

Para as escolas sobe ao palco no dia 8, às 14:30, a Companhia Certa com a peça D. Quixote. Para dia 9 a proposta chega dos espanhóis Tranvía Teatro, com a peça El Jardín de Valentín, com início previsto para as 21:30. A companhia “Cegada Teatro” apresenta “Feira de outubro” dia 10, às 21:30.

A companhia anfitriã, o Teatro das Beiras, apresenta a peça “A força do hábito” no dia 13. Fernando Sena explica que “esta é mais uma oportunidade para se assistir à encenação de Nuno Carinhas”, uma vez que quando se apresentou na Covilhã, por altura da estreia há um ano, havia ainda regras apertadas para o público, com lotação de 50% da sala e apenas foram feitos 5 espetáculos.

No penúltimo dia de festival o pano abre às 21:30, para a peça “Caminhos de Pan” pelo Teatro Estúdio Fontenova. O encerramento fica a cargo da Companhia de Teatro de Braga que se apresenta dia 30 de novembro no Teatro Municipal.

A maioria dos espetáculos está agendada para o auditório do Teatro das Beiras, com uma lotação de 90 lugares.

O preço do bilhete é de 6€ com descontos (50%) para maiores de 65 anos, jovens até aos 25 anos, sócios do Teatro das Beiras, sócios da Casa do Pessoal do CHUCB e profissionais das artes.

O bilhete de criança nos espetáculos para escolas e famílias (6 e 8 de novembro) custa 2€.