O futsal masculino e o atletismo da Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI) dividiram o protagonismo e os prémios, na Gala de Desporto AAUBI que se realizou ontem, dia 14, ao início da noite.
O futsal masculino foi considerado a modalidade coletiva do ano e o atletismo a individual. Em ambos os casos a academia conseguiu títulos nacionais universitários na época 2020/2021 e isso refletiu-se, também, nos prémios individuais entregues durante a cerimónia que decorreu no anfiteatro das sessões solenes.
O prémio “Atleta Revelação do Ano” foi para Guilherme Duarte, campeão nacional universitário de futsal. A atleta feminina do ano foi Patrícia Alminhas, campeã nacional universitária de 200m. Bruno Serôdio, que integra a equipa de futsal campeã nacional universitária recebeu o prémio de atleta masculino.
O treinador de futsal da equipa da AAUBI, Félix Gregório, foi também considerado o treinador do ano.
O prémio que distingue o “percurso desportivo” foi entregue ao jogador de futsal Henrique Vaz, por ter sido campeão universitário em 2021, vice-campeão em 2017, 7º lugar no europeu de 2018 e campeão europeu universitário em 2017.
Este ano a AAUBI entregou ainda 2 prémios “Prestigio desportivo”. Um para Elisabete Ramos que, de 2012 a 2020, esteve ligada à área de apoio social dos SASUBI, pelo “empenho e dedicação” em prol do desenvolvimento desportivo, um “trabalho de bastidores que poucas vezes aparece mas que é fundamental”.
A outra distinção nesta área foi para Arménio Coelho, que na UBI foi jogador e treinador de futsal. Como jogador conquistou 2 terceiros lugares nos campeonatos nacionais e foi campeão nacional em 2005. Como treinador da equipa feminina durante 5 anos foi 2 vezes terceiro classificado e duas vezes segundo. Foi campeão nacional em 2011 e vice-campeão europeu também em 2011. Já na equipa masculina conquistou 2 títulos nacionais e foi campeão europeu universitário em 2017 na Turquia.
Para além de premiar o mérito desportivo a cerimónia serviu também para “celebrar a retoma” da prática desportiva e o esforço dos atletas para que tal fosse possível, no pós-desconfinamento, sublinhou Ricardo Nora.
O presidente da AAUBI, na sua intervenção, sublinhou a importância da prática desportiva, não só pelos benefícios diretos para cada indivíduo, mas também para a “integração social” e para o “desenvolvimento de sinergias como o trabalho em equipa”, sem esquecer que “é através do desporto que se leva o nome da universidade a todos os cantos do país e do mundo”.
O dirigente aproveitou ainda a sua intervenção para “enviar um recado” aos docentes da academia. “Depois da pausa a que todos fomos obrigados, que não haja casos de estudantes atletas que tenham que abandonar a prática desportiva por incompatibilidade de horários de treinos e competições, com avaliações”, disse.
José Miguel Oliveira, vereador do desporto na Câmara Municipal da Covilhã, realçou o trabalho conjunto que a academia, o município e os clubes realizam, afirmando que “há provas” de que quando se juntam “realizam grandes feitos”, dando como exemplo as fases finais dos campeonatos universitários realizadas na época passada.
José Miguel Oliveira avançou ainda que “a criação do Conselho Municipal do Desporto já foi aprovada” e que a UBI, a AAUBI e o curso de ciências do desporto têm lugar no órgão para continuar a trabalhar nesta parceria que, disse, “é profícua”.
Mário Raposo, reitor da UBI, agradeceu o trabalho de “todos os estudantes atletas”, frisando que são a prova que na UBI “a formação não de faz só nas salas de aulas, nos laboratórios e na investigação”.
Hugo Carvalho, presidente do Conselho Geral da UBI, afirmou que esta entrega de prémios “enaltece” os valores que se preconizam para o desporto “cada um cobrir a falha do outro” e assim ser “cada vez melhores pessoas a trabalhar em equipa”.
O papel importante do desporto universitário foi sublinhado também por André Reis, presidente da Federação Académica de Desporto Universitário (FADU), reforçando que este deve ser olhado por todos, incluindo o Governo, como um investimento e não um custo, realçando a magra fatia do Orçamento do Estado que o desporto recebe.