A assinatura de um contrato de exploração mineira, como o que está assinado para a região da Argemela, sem que esteja concluído o processo de estudo do impacto ambiental vai “inquinar” todo o processo, considera Miguel Martins, dirigente nacional do partido ecologista “Os Verdes”.
O dirigente falava à reportagem da Rádio Clube da Covilhã, na Praça do Município, onde teve início a recolha de assinaturas em postais que serão enviados ao Ministro do Ambiente e da Ação Climática, com a mensagem “Não quero o meu futuro minado! A mineração é um presente envenenado! Lítio? Não. Obrigado!”.
Segundo explica, a iniciativa surge porque “é necessário continuar a exercer pressão junto do Governo”, mas também para “chamar a atenção” das pessoas, para que se “pronunciem na consulta pública do estudo de impacto ambiental que está a decorrer”.
Chama também a atenção para outras 8 áreas para as quais está prevista exploração mineira, nesta região, na da Guarda e de Viseu. Frisa que são 8 áreas em “que o governo quer lançar concurso para a prospeção e pesquisa e se isso acontecer, como aconteceu aqui na Argemela, depois “será muito difícil de travar”, disse.
O dirigente é da opinião que há em Portugal “um exploração desenfreada de lítio” e em toda a região da Serra da Estrela, “há uma grande pressão para que isso aconteça”.
A campanha que o partido vai realizar em todo o país teve início na Covilhã, junto dos jovens das escolas e “dezenas deles assinaram o postal”, o que prova que “estão envolvidos e atentos e têm acompanhado todo o processo”, referiu Miguel Martins.