Misericórdia da Covilhã: Unidade de Cuidados Continuados com projeto aprovado pela ARS

A Administração Regional de Saúde do Centro (ARS) já deu parecer positivo ao projeto de construção da Unidade de Cuidados Continuados da Misericórdia da Covilhã, foi hoje anunciado.

Em conferência de imprensa, o provedor da instituição, Neto Freire, avança que o projeto será ainda esta semana entregue na Câmara Municipal e espera que em breve seja também aprovado pela autarquia, para que, logo que seja possível, entregue candidatura a fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).


Trata-se de uma Unidade com um total de 60 camas, sendo que 30 serão para pessoas em cuidados de convalescença, (curta duração) e 30 em cuidados de reabilitação (média duração).

Prevê a construção de raiz de um edifício, com cerca de três mil metros quadrados, distribuídos por 3 pisos, na Urbanização do Ribeiro Negro, uma zona periférica da cidade.

Neto Freire específica que é uma unidade “pensada em estreita articulação com a Administração Regional de Saúde do Centro”. Considerada “fundamental” para a região, o responsável frisa que necessita de “vontade política” para que consiga financiamento no âmbito do PRR, referindo que logo que surja o aviso “irá apresentar a candidatura” a esses fundos para financiamento, vincando que só com apoio “esta poderá ser uma realidade”.

O responsável explica que a obra tem um orçamento de cerca de 4,5 milhões de euros, frisando que já iniciou contactos com a banca para financiamento dos fundos próprios, prevendo que a obra tenha uma duração inferior a um ano.

Recorde-se que a Santa Casa da Misericórdia da Covilhã tem aprovadas 60 camas de cuidados continuados desde 2021. Neto Freira explica que estas passaram para 2022 e irá agora transferi-las para o orçamento de 2023, esperando que nessa altura esteja em funcionamento a Unidade agora apresentada.

A Unidade irá prestar cuidados médicos e de enfermagem em permanência, fisioterapia, apoio psicológico, reabilitação funcional, entre todos os outros acompanhamentos previstos que vão desde a nutrição a animação Sociocultural, prevendo a criação de 70 novos postos de trabalho.

João Marques, que também integra a mesa administrativa da Santa Casa da Misericórdia da Covilhã, frisou ainda que esta unidade é fundamental para “aliviar” o Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira dos internamentos de doentes que necessitam é de cuidados continuados e não de internamento hospitalar. O mesmo se aplica a camas que estão ocupadas em Estruturas Residenciais para Idosos (ERPI), por falta de camas em Cuidados Continuados na região, disse.