A necessidade de requalificação da Avenida Montes Hermínios, no Tortosendo, voltou de novo a ser tema na reunião pública da Câmara Municipal da Covilhã, que teve lugar esta sexta-feira de manhã.
Ana Sousa, que promoveu naquela vila um abaixo-assinado para reclamar as obras, esteve na reunião para, de viva voz, relembrar a Vítor Pereira que esta intervenção, “fazendo parte das prioridades do município”, tal como o próprio “reconhece”, “foi deixada para trás, estando na altura de a realizar”.
Salienta que “não percebe nada de política”, mas sabe que “é difícil chegar a todo o lado”. Afirma que “acredita na promessa da sua realização, tal como as mais de 600 pessoas que assinaram” o documento.
Vítor Pereira repetiu a resposta que já deu na Assembleia Municipal ao presidente da Junta de Freguesia e que repete sempre que é questionado sobre a matéria.
“Esta obra continua a ser uma prioridade, tal como outras que têm existido, não se trata de desconsideração nem falta de respeito, nem relegar para segundo plano quem quer que seja, é apenas seguir os nossos critérios e disponibilidades”, frisou.
Recorda que desde o “anterior mandato” que a obra foi priorizada mas “infelizmente não foi concretizada por razões de vária ordem, entre elas alguns problemas que surgiram com a pandemia”. Realça que terá que ser “uma obra muito bem pensada”, do ponto de vista financeiro, da segurança, da drenagem de águas, e que será realizada “logo que possível”, disse.
Vítor Pereira sustentou que “não é por haver muita pressão” que a obra “será feita mais depressa”, afirmando que o será quando “houver condições efetivas para a realizar”.
Afirma que está a existir uma certa “politização do assunto”, destacando que no caso do abaixo-assinado “todos sabemos quem o promoveu”, disse, afirmando que do ponto de vista politico quando o colocam “entre a espada e a parede escolhe sempre a espada”. Do ponto de vista objetivo afirma que “as prioridades são definidas pelo presidente da Câmara”.
O vereador Ricardo Silva (Juntos fazemos melhor) também abordou o tema para pedir “que se termine com esta novela” e que de uma vez por todas se “dê um horizonte temporal aos munícipes do Tortosendo sobre o início da obra”, algo que Vítor Pereira recusou, não se querendo comprometer com prazos.