Misericórdia inaugura Centro de Apoio à Integração de Migrantes da Covilhã

A Santa Casa da Misericórdia da Covilhã inaugurou hoje, oficialmente, o Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes da Covilhã – CLAIM COVILHÃ. Foi um dia de “celebrar a solidariedade, ajuda mútua, partilha, tolerância e multiculturalismo”, especificou Graça Sardinha, moderadora do evento.

O CLAIM Covilhã desenvolve um programa de acolhimento e integração direcionado a migrantes, durante um período de 18 meses após a chegada, potenciando a sua posterior autonomização.


O Provedor da Santa Casa da Misericórdia da Covilhã (SCMC), António José Neto Freire, iniciou a sua intervenção a garantir que a solidariedade sempre foi uma missão desta estrutura, vincando que tem “orgulho no passado e no presente” e que estão sempre cientes da sua “missão” e dos desafios que se lhes colocam.

Neto Freire explica que foi assim que nasceu o CLAIM Covilhã. “Olhamos para a realidade e para as pessoas que nos procuravam pedindo asilo e apoio, e decidimos criá-lo, com o apoio do Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração (FAMI), da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna e do Alto Comissariado para as Migrações”.

Em funcionamento desde outubro de 2020, o Centro de Apoio Migrante é “um dos resultados do trabalho e acumular de competências, fruto do conhecimento profundo das dificuldades dos migrantes”, afirma o provedor, realçando que a Misericórdia da Covilhã é, desde 2016, “a instituição local pioneira no acolhimento de cidadãos refugiados sem suporte familiar na Covilhã e no distrito”.

O provedor apontou, ainda, que entre os cerca de 200 trabalhadores da SCMC, cerca de 15% são de outras nacionalidades, nomeadamente Brasil, Chile, PALOP e Iraque.

Vítor Pereira, presidente da Câmara Municipal da Covilhã (CMC), vincou que, desde 2016, já foram acompanhados mais de 300 migrantes, de 24 países diferentes.

“A Covilhã é uma cidade solidária e que acolhe de braços abertos todos os que cá se dirigem. Não esquecendo que a Covilhã, demograficamente falando, tem um saldo migratório positivo, ao contrário da maior parte dos concelhos do interior”, explicou o presidente da CMC.

O diretor do Centro Distrital da Segurança Social de Castelo Branco, Nuno Maia, na sua intervenção, destacou que, a nível nacional, Castelo Branco é o 3º distrito que acolhe o maior número de migrantes, atrás de Lisboa e do Porto, sublinhando também a preferência dos migrantes pelos 3 polos de concentração de migrantes do distrito: Covilhã, Fundão e Castelo Branco.