Câmara da Covilhã cria centro de acolhimento de refugiados no Seminário de Tortosendo

A Câmara Municipal da Covilhã transformou o protocolo que tinha com a Congregação do Verbo Divino, e o Seminário do Tortosendo, deixa de ser hospital de retaguarda, criado no âmbito da pandemia, para ser centro de acolhimento de cidadãos ucranianos, atingidos pelo recente conflito armado, anunciou hoje a presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira.

No habitual encontro com os jornalistas, depois da reunião privada da autarquia, Vítor Pereira explicou que no espaço estão criadas 50 camas, destacando que o Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira irá fornecer as roupas de cama e tratar da limpeza e higienização de vestuário, bem como servir as refeições.


Para além destas 50 camas, ao abrigo da “Missão de acolhimento Covilhã Ucrânia”, em que a autarquia lançou o apelo aos covilhanense e empresas para receberem famílias oriundas daquela zona da Europa e às empresas que reportassem vagas de emprego, Vítor Pereira destaca que há mais 95 camas, disponibilizadas por unidades hoteleiras, alojamento local e alguns privados, perfazendo um total de 140 camas.

O acolhimento que está a ser preparado acautela “o fornecimento de refeições, distribuição de vestuário e produtos de higiene pessoal”, sustentou ainda o presidente, referindo que se pretende ajudar a fazer a ligação com “familiares já residentes na Covilhã ou região”, bem como ter em atenção outros aspetos da intervenção socio cultural, com vista a ajudar na sua integração, reforçou ainda o autarca.

Um trabalho que está a ser feito pelos serviços municipais em articulação com outras entidades locais, como IPSS’s e até mesmo o Instituto do Emprego e Formação Profissional, IEFP.

De resto o autarca destaca que em termos de emprego as empresas fizeram chegar à autarquia 113 vagas para trabalho, nas mais diversas áreas, vincando que se está a trabalhar com o IEFP para que haja uma articulação no sentido de não haver duplicação de ofertas.

O presidente da Câmara explica que não há datas específicas para receber refugiados, explicando que já deu conta destas disponibilidades ao Governo, nomeadamente à Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, mostrando-se convicto que “dadas as pontes aéreas que estão a ser feitas em breve serão direcionados refugiados para o concelho”, disse.