A Casa do Brasil – Terra de Cabral assinou no passado sábado, dia 5, um protocolo com a Mutualista Covilhanense no sentido de partilhar e dinamizar o Balcão do Migrante
João Morgado, presidente da Casa do Brasil – Terra de Cabral, citado em nota de imprensa da instituição, sustenta que “há muitas e diferentes guerras”. “Umas são feitas com exércitos, outras com gangues de rua, com criminalidade, outras com depressões e instabilidades económicas”, vincando que “cada um sabe, aquilo que o levou a fazer as malas, a separar-se da família e a rumar a outro país. São decisões difíceis, por isso cada um sabe da sua guerra, os brasileiros sabem das suas”, disse.
Segundo explica a Casa do Brasil em nota de imprensa, o evento contou com a presença de várias entidades como o SEF, PSP, GNR, IEFP, Casa do Pessoal da UBI, Lions da Cova da Beira, com os responsáveis a pedirem a colaboração de todos com o Balcão do Migrante.
Nelson Silva, presidente da Mutualista covilhanense, mostrou a disponibilidade do Balcão do Migrante para estar ao serviço da sociedade e apoiar casos de emergência, como, por exemplo, refugiados da Ucrânia. E sublinhou a ação social e de solidariedade que tem sido apanágio da Mutualista. Recordando que o Balcão do Migrante é fruto de uma candidatura da Mutualista Covilhanense, aprovada pelo FAMI – Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração, com o apoio do ACM – Alto Comissariado para as Migrações, e garante apoio documental, jurídico, social e cultural aos migrantes na Cova da Beira. Tem coordenação de Igor Lopes e tem Paula Charro como técnica.
Também citado na nota de imprensa o presidente do Sindicato dos trabalhadores do SEF – Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, defende que “emigrantes não constituem perigo para a sociedade de acolhimento, não se tendo registado aumento de criminalidade. E numa cidade como a Covilhã, um Balcão como este pode fazer a diferença, na hora de acolher e dar aconchego quem vem de fora.
O Balção do Migrante foi criado pela Mutualista Covilhanense em parceria com o Alto Comissariado para as Migrações, no ano passado, com o objetivo de promover a integração dos migrantes no concelho e na região da Cova da Beira.
Está instalado no rés-do-chão da Casa Moura, realiza acompanhamento especializado em várias vertentes, como a documental e a jurídica, além de realizar ações no âmbito social, cultural e de intercâmbio, tendo por missão auxiliar migrantes que chegam à região e também os que pretendem partir para outro país.