Dia da Mulher: “Igualdade tem de existir para o país evoluir. Uma luta de todos os dias”

A Comissão para a Igualdade entre Homens e Mulheres da CGTP está a assinalar, em todo o país, o Dia Internacional da Mulher, sob o lema “a igualdade tem de existir para o país evoluir”, vincando que este e “um dia de todas as lutas”, e esta é uma “luta de todos os dias”, destacou a União dos Sindicatos de Castelo Branco nas comemorações na Covilhã.

A mensagem da comissão começou a ser difundia na manhã desta terça-feira na Praça do Município na Covilhã.


Os sindicalistas distribuíram cravos vermelhos, chamando a atenção para o simbolismo do dia e para a luta a travar, distribuindo também folhetos com o apelo à luta.

Uma luta que tem que “unir homens e mulheres”, porque “enquanto houver discriminação das mulheres nenhum homem será verdadeiramente livre”, vinca a União dos Sindicatos, apelando ao “combate à discriminação salarial entre homens e mulheres” e à “precariedade laboral das mulheres”. “Não pode ser normal trabalhar todos os dias com a ameaça permanente do desemprego”, destaca a Comissão.

A luta é pela “efetivação de políticas que assegurem estabilidade do emprego” e pela “reposição do direito de negociação” e o “fim do bloqueio à contratação coletiva”, frisam ainda os sindicalistas.

A conciliação do trabalho com a vida pessoal e familiar, que é indissociável do tempo de trabalho, é outra das matérias chave nestas reivindicações, defendendo “a redução do período de trabalho, com a consagração da semana de 35 horas”. À proposta da semana de 4 dias de trabalho respondem: “Só se for com 8 horas por dia, porque não se aceita andar para trás”.

O alargamento da rede pública de infraestruturas de apoio à infância e velhice, mais e melhores transportes públicos e habitação a preços acessíveis, fazem parte das exigências a assinalar, também, neste dia Internacional da Mulher.

A defesa dos direitos de maternidade e paternidade “assume também importância redobrada”, porque “apesar de estarem consagrados na lei continuam a ser desrespeitados pelo patronato”.

O combate ao assédio laboral continua na ordem dia, afirma a USCB, vincando que não se pode considerar normal este comportamento, “É preciso enfrentar o medo e travar o assédio”, assegurando que sindicalizar-se pode ser o primeiro passo para essa luta.

Para a USCB “não há democracia sem liberdade sindical nas empresas”, sendo esta intervenção fundamental, também, para identificar e combater as doenças profissionais, e neste fim de pandemia as doenças do foro psicológico.

Afirmando que as mulheres são já o maior número de novas sindicalizações, sendo elas também a maioria das delegadas sindicais, afirmam-se como um movimento sindical de mulheres e homens, “que não abdica, luta e conquista”.

Face ao que se assiste, a Comissão termina a sua comunicação frisando que é preciso “perder a paciência” e exigir “direitos, salários, e um mundo onde sejamos socialmente iguais”.