“Corpsing”: 111ª produção do Teatro das Beiras estreia dia 29

“Corpsing”, de Peter Barnes é a 111ª produção do Teatro das Beiras e conta com encenação de Gil Salgueiro Nave. Um autor nunca representado em Portugal explicou, no ensaio aberto aos jornalistas, o encenador.

Uma peça em que atores representam atores, diferente dos grandes clássicos, descreve.


O encenador explica que a escolha foi feita a pensar “no alívio destes dois anos de pandemia”, vincando que a “cultura pode contribuir” para esse estado. A comédia em cena, “embora às vezes bem negra”, ou não fosse este um autor britânico, também teve peso na escolha. “É uma comédia para aliviar tensões e que predispõe para o diálogo e confraternização”, disse ainda na conversa com os jornalistas depois do ensaio aberto.

Corpsing (1996) é nome genérico do espetáculo que inclui um conjunto de quatro curtas peças num ato.

“O humor ajuda”, “À espera de um autocarro”, “Exercícios de representação” e “Últimas cenas”, que levam dois atores e uma atriz, Sílvia Morais, Tiago Moreira e Victor Santos, a desdobrarem-se em nove personagens, que também são atores. “Uma estranha conjugação de identidades”, adianta o responsável.

A estreia acontece a 29 de março, no Auditório do Teatro das Beiras, e Gil Salgueiro Nave afirma que “se esperam momentos de extravasão, liberdade, convívio e festa”, vincando que entre um cenário de pandemia e outro de guerra “é importante que as pessoas não deixem de comunicar. Não se pode perder o sentido de partilha, de poder dividir temas e assuntos que nos preocupam a todos”. Algo que se pode alcançar nestes encontros, no palco e foram dele.

A peça estará em cena de 29 de março a 2 de abril (3ª a sábado), às 21:30 e no dia 3 de abril (domingo), às 16h.

Peter Barnes (1931-2004) é dramaturgo e guionista britânico, apresenta uma escrita especialmente caracterizada pelo seu estilo satírico e anti naturalista.

Escritor imaginativo, e pouco ortodoxo, combinou sensibilidades dramáticas não convencionais com uma inteligência excêntrica numa mistura discreta com a sátira grotesca e corrosiva.

Esta produção do Teatro das Beiras tem interpretação de Sílvia Morais, Tiago Moreira e Victor Santos, num texto com tradução de Susana Gouveia e encenação de Gil Salgueiro Nave.

A cenografia, figurinos e cartaz são de Luís Mouro e a canção e sonoplastia de Hélder Filipe Gonçalves. O desenho de luz é de Fernando Sena.

O bilhete custa 6€ com desconto para estudantes, maiores 65 anos, profissionais das artes, sócios do Teatro das Beiras e da Casa do Pessoal do CHUCB. Podem ser feitas reservas na Bilheteira do Teatro das Beiras (275 336 163) ou na Ticketline.