A Fundação INATEL escolheu a Covilhã para, durante uma tarde, debater o objetivo nº 5 da agenda de desenvolvimento sustentável, “Alcançar a igualdade de género e empoderar todas as mulheres e raparigas, em todo o mundo.
Na sessão de abertura da iniciativa, que decorreu no Salão Nobre da Câmara Municipal da Covilhã, Vítor Pereira garantiu que na “igualdade de género a câmara da Covilhã é exemplo de boas práticas”.
A Câmara da Covilhã tem procurado, “intramuros”, executar “boas práticas, estando acima dos objetivos recomendados em algumas matérias”, vincou o presidente, dando o exemplo do executivo municipal e dos lugares de chefias municipais.
Em 3 direções de departamento uma é mulher, em 12 chefias de divisão nove são mulheres e o cargo de coordenação de serviço é exercido por uma mulher. “É visível e concreto o esforço que temos feito para dar oportunidade às mulheres”, destacou o autarca afirmando que em cada cargo tentam “escolher os melhores e em caso de igualdade privilegia o género feminino”.
Politicas para criar um mundo “mais justo, mais solidário e mais pacífico”, frisou para concluir que a Covilhã, neste aspeto, quer “ser uma referência”. Reafirmando os compromissos eleitorais, promete liderar a autarquia contribuindo “para uma comunidade mais tolerante, mais desenvolvida social e economicamente, com respeito e valorização pelo meio ambiente e pela sustentabilidade”, disse.
Na sua intervenção destacou trabalho “notável” desenvolvido pela Beira Serra e Coolabora nesta matéria no território do concelho, um trabalho com impacto na comunidade e que facilita a governação, disse.
Destacou o programa “Tecer a Igualdade”, tendo já concluído o diagnóstico das necessidades nesta área, estando a realizar “o planeamento das medidas para densificar o plano municipal para a igualdade”, disse ainda o autarca, afirmando que “no final do ano serão indicados os conselheiros locais para a igualdade”.
A estratégia para o combate à violência doméstica está também no terreno, em conjunto com inúmeras entidades e com a coordenação da Coolabora no centro de apoio às vítimas.
Está também a ser implementado o plano intermunicipal de igualdade de género, numa colaboração estreita entre entidades externas e os municípios da Covilhã, Belmonte e Fundão, explicou ainda Vítor Pereira.
Em resultado de uma parceria entre Coolabora, Quarta Parede e UBI, Vítor Pereira destaca ainda o programa que integra mulheres que sobreviveram a violência de género, bem como o projeto Veleda, desenvolvido pela Beira Serra, Quarta Parede e municípios da Covilhã, Belmonte e Fundão para empoderar mulheres com famílias monoparentais.
O presidente da Fundação Inatel disse, na sua intervenção, que para se falar sobre igualdade tem que se cruzar temas como a social e a sustentabilidade, por exemplo, temas em que a desigualdade também existe.
Na Igualdade de género, reconhece que algo já foi feito, dando como exemplo a Fundação INATEL em que “a larga maioria dos dirigentes é mulher e já nem entra no pensamento, quando se fala em chefia, se é homem ou mulher”, mas há locais em que não é assim. Afirma que neste aspeto, as cotas femininas “foram uma boa medida”.
Francisco Madelino considerou “importante” a reflexão proposta pela Fundação na Covilhã e mostrou-se convicto que “nas sociedades democráticas” a igualdade de género será dos “debates mais fáceis de evoluir”, contrariamente ao que se passará em outros estados sobretudo fora do mundo ocidental.