Depois de dois anos de interregno, devido à pandemia, as Marchas Cidade da Covilhã voltam a desfilar no mês de junho, anunciou hoje, em conferência de imprensa, a Câmara Municipal da Covilhã.
No dia 18 de junho, as 6 marchas participantes, desfilam entre o Campo das Festas e a Praça do Município e a 25 de junho apresentam-se no Complexo Desportivo da Covilhã.
Vítor Pereira, presidente da Câmara da Covilhã, disse que “momentos como estes são importantes para dar um suplemento de energia e ânimo”, em especial depois da pandemia. “São momentos de alegria contagiante”, destacou o autarca, lembrando que esta é “uma tradição enraizada” na cultura do país e da Covilhã, que foi interrompida em 2006 e que depois o seu executivo retomou.
A Câmara Municipal da Covilhã investe cerca de 50 mil euros no evento, sendo que cada grupo participante tem o apoio de 4 mil euros e o restante corresponde ao custo com a organização.
Uma iniciativa só possível graças “à boa vontade dos grupos participantes” destacou ainda o autarca, vincando que estes, em tempo recorde, estão a preparar tudo para que se possam viver as Marchas com momentos marcantes, que “bem precisamos, depois do período sombrio e negro que vivemos”.
Elias Riscado, presidente do Grupo Desportivo da Mata, que é parceiro da Câmara Municipal da Covilhã na organização, destacou a dificuldade em retomar o evento depois do interregno devido á pandemia, e mostrou-se convicto que estão reunidas “as condições para ter edição uma edição razoável, dado o pouco tempo para ensaiar”.
José Miguel Oliveira, vereador com o pelouro do associativismo, revelou que o GIR do Rodrigo e o Rancho Folclórico da Boidobra, que participaram nas Marchas em 2019 não vão estar presentes, estreando-se, no entanto, a Junta de Freguesia do Tortosendo.
Por ordem de saída, irão participar o Grupo Desportivo Águias do Canhoso, o Oriental s. Martinho, a Junta freguesia do Tortosendo, o Académico dos Penedos Altos, o Grupo Recreativo Vitória de Santo António e o Grupo Desportivo da Mata.
Carlos Martins, presidente da União de Freguesias da Covilhã e Canhoso, que também esteve no encontro com os jornalistas, destacou o entusiasmo com que a Covilhã vive o evento, salientando que cindo das seis marchas participantes são da UF Covilhã e Canhoso. “As Marchas são a grande manifestação popular, recreativa, cultural e musical que se realiza na Covilhã”, disse.
Revelou que, à semelhança de anos anteriores, está disponível para colaborar logisticamente com todos e monetariamente irá apoiar os grupos da freguesia com um montante que ainda não está definido.
Suzete Ferreira, vogal da Junta de Freguesia do Tortosendo, salientou que a Freguesia resolveu participar porque “neste cenário pós pandémico, era importante retomar as atividades festivas e as marchas, ao alargarem-se às freguesias, poderão crescer ainda mais em anos futuros”. Destaca ainda que esta será uma forma de criar “o espírito de comunidade que se tem perdido ao longo dos anos no Tortosendo” vincando a “entreajuda, animação, diversão e convívio que as marchas promovem”, salientou.
Entre marchantes, músicos, costureiras e restante logística, o evento envolve entre 700 a 800 pessoas, que já trabalham em cada grupo para as Marchas estarem prontas a sair à rua em junho.