Covilhanense na Polónia ajuda centenas de refugiados que chegam da Ucrânia

Luís Pedro, covilhanense que há 3 anos reside na Polónia, encontra-se, neste momento, a fazer os possíveis e impossíveis para ajudar os que chegam àquele país, vindos da Ucrânia.

Na estação de comboios de Wroclaw, onde existe um centro de refugiados, chegam diariamente centenas de ucranianos, uma tendência que cresce de dia para dia.


São as pessoas de idade que mais tentam refugiar-se ali, além de crianças acompanhadas pelas mães, conta Luís Pedro.

É nesta estação que o covilhanense se voluntaria, diariamente, para perceber as necessidades “imediatas, que mudam todos os dias”.

“Não é fácil lidar com esta realidade por isso é que não pude ficar parado. Agora não podemos pensar nisso, só temos de pensar em ajudar”, destaca Luís Pedro que se encontra nesta “missão” desde 27 de fevereiro.

“O meu papel é muito pequeno, é uma gota no oceano comparando com tudo o que se está a passar”, vinca o covilhanense, reiterando que “se todos fizerem a sua parte, será bem mais fácil”.

“Há muita gente a ajudar, vê-se uma onda de solidariedade, não só nos polacos, mas também nos portugueses que criaram uma rede muito unida”, afirma.

A nível da habitação, segundo Luís Pedro, a Polónia encontra-se muito bem organizada, maioritariamente devido ao povo polaco.

“A maior parte dos ucranianos que chegam já têm alojamento garantido ou contactaram com alguém que vai facilitar esse alojamento”, explica o covilhanense, garantindo que “há muita gente a oferecer a própria casa até que consigam arrendar”, sendo que neste momento, o mercado de arrendamento ainda está a conseguir suportar a procura.

Segundo explica, o governo polaco encontra-se a providenciar medicamentos. Visto que as necessidades mudam constantemente sublinha que será sempre necessário material de higiene, ligaduras, compressas e comida e que os interessados devem doar nas várias instituições que se encontram a promover recolhas.