Docente da UBI acompanha crise sismovulcânica nos Açores

Rui Fernandes, da Universidade da Beira Interior (UBI) é um dos cientistas a acompanhar a crise sismovulcânica na ilha açoriana de São Jorge. O docente do Departamento de Informática esteve no arquipélago para instalar estações de GPS com capacidade de medir a posição com milímetros de margem de erro.

“O objetivo é ver se à superfície verificamos quaisquer movimentos relativos que refletem o que se está a passar”, disse o investigador à Agência Lusa, acrescentando que a deformação não era significativa.

“Os sinais de risco aumentaram significativamente em relação há um mês, mas daí não podemos extrapolar o que vai acontecer num futuro mais próximo”, disse ainda o também investigador do C4G – Laboratório para a Geociências, infraestrutura de investigação sediada na UBI, que reúne várias instituições.

Esta não é a primeira vez que Rui Fernandes está envolvido na análise científica de fenómenos vulcânicos, tendo, em setembro de 2021, dado apoio às autoridades locais das Canárias, no reforço da monitorização da erupção vulcânica na Ilha de La Palma, depois da entrada em atividade do vulcão Cumbre Vieja.

A colaboração foi solicitada por cientistas espanhóis ao C4G, tendo o docente do Departamento de Informática, juntamente com Gonçalo Henriques, bolseiro do mesmo Departamento, instalado quatro recetores GNSS e recolhido dados da deformação superficial causada pela erupção, até ao final da mesma.

A UBI está também a trabalhar num projeto de investigação, coordenado por Rui Fernandes, que vai desenvolver a próxima geração de modelos geodinâmicos para a avaliação dos recursos naturais e dos riscos geológicos na zona do Atlântico, concretamente na zona onde se localizam os arquipélagos dos Açores, Madeira, Canárias (Espanha) e Cabo Verde.