Mais de uma centena de pessoas, sobretudo jovens, disseram presente ao desafio lançado por um conjunto de alunos da Universidade da Beira Interior para, ao longo de duas horas, se reunirem em torno de um objetivo comum, a paz na Ucrânia.
Mais do que uma vigília, na parada da UBI, ontem ao fim da tarde, houve partilha de cultura, com música, canções, momentos de silêncio e muitos poemas, sempre com o denominador comum de apelar à paz e condenar a invasão russa.
Momentos emotivos, como aqueles em que se recitaram poemas de autores ucranianos, ou as palavras de Sophia de Mello Breyner Andresen no poema “A paz sem vencedores nem vencidos”.
Mário Raposo, reitor da UBI também esteve presente. “A reitoria teria que se associar, como não poderia deixar de ser”, disse.
“Trata-se de um gesto solidário, com uma situação de crise humanitária que acontece devido a uma invasão, injustificada, de um país, e é preciso que o mundo todo se una para impedir que esta e outras situações como esta ocorram”.
Para os que minimizam estes atos, o reitor deixa o alerta “não se esqueçam que quando chove cai uma gota, que escorre para o rio e o rio chega ao oceano…”
Daniel Pais, aluno da UBI que junto com outros colegas organizou a vigila, vinca que “sentiram a necessidade” que um momento como este “acontecesse dentro da universidade”, devido “à simbologia”. “No mesmo espaço junta-se 8 mil alunos das mais diversas nacionalidades”, explicou.
Comungando da mesma opinião de Mário Raposo, também o estudante de doutoramento em economia da UBI mostra esperança que “as gotas que se reuniram na parada se transformem em oceano”.
Mário Raposo recorda também que a UBI está a promover uma recolha de bens essenciais, que serão encaminhados para os locais onde há concentração desses produtos para depois chegarem à Ucrânia, ou às zonas de fronteira onde há necessidades.