A Confraria Gastronómica da Cherovia e da Panela no Forno realizou o primeiro capítulo, este sábado, em que entronizou os primeiros 50 elementos.
Um a um, no Salão Nobre da Câmara Municipal da Covilhã, os membros juraram “falar da cherovia e da panela no forno ao mundo inteiro, promovendo o seu cultivo, confeção, tradição e degustação. Isto, se não os comer primeiro!”.
Eduardo Cavaco, chanceler da confraria, durante a sua intervenção na cerimónia, realçou a importância que a valorização da gastronomia tem no turismo da Covilhã e da região, destacando estas duas iguarias como mais-valias nesta matéria, a par com a arte de bem-receber que a Covilhã possui.
Para essa valorização a Confraria tem estado a trabalhar nos dois últimos anos, vincou ainda o responsável, destacando a criação da Rota da Cherovia, junto com a Freguesia do Ferro, onde existe a maior plantação da famosa raiz, e um périplo de almoços para saborear a panela do forno em restaurantes da região.
Eduardo Cavaco avança ainda que outra das apostas para a valorização das iguarias, e da própria Covilhã, é participar em atividades de outras confrarias em todo o país. Com esse propósito anunciou que o segundo capítulo, a realizar em junho, irá acontecer fora do concelho.
Também o Grão-Mestre da Confraria, Jorge Saraiva, colocou a tónica na “importância das experiências gastronómicas como diferenciadoras de destinos e de culturas”, salientando que estas podem “contribuir para diminuir o impacto da desertificação”. Destaca que “conhecer e dar a conhecer” a gastronomia da região em que “pontifica a cherovia e a panela no forno é o objetivo da confraria”, que ainda assim “mantém a porta aberta e a panela ao lume” para outros pratos típicos que “não são concorrentes, mas complementares”, frisou.
O dia ficou também marcado pela apresentação do traje da confraria, desenhado por Paulo Runa, em que domina o preto e verde. “Simples e económicos, porque queremos que a confraria seja inclusiva, de urbanidade, onde todos se sintam felizes”, realçou o chanceler Eduardo Cavaco.
Foram confrarias madrinhas deste primeiro capítulo a Confraria da Cereja de Portugal, a Confraria da Feijoca de Manteigas e a Confraria do Azeite.