Governo estuda modelo de financiamento mais justo para Instituições de Ensino Superior

O Governo quer implementar um modelo de financiamento “mais justo” para as Instituições de Ensino Superior, garantiu aos jornalistas a Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, durante uma visita à Universidade da Beira Interior.

Realçando que é ministra há dois meses, afirma que ainda assim “tem conhecimento do problema”, que existe há cerca de uma década, e que este é “uma preocupação” para o seu ministério.


Afirma que o governo está a aguardar um relatório sobre esta matéria, feito pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, OCDE, que será entregue em setembro, avançando que “para este ano é impossível” e também “não garante que em 2023 esteja concluído e aprovado, mas garante que “uma das prioridades é chegar a um modelo de financiamento que seja mais justo”.

Elvira Fortunato também ressalva que para o conseguir “é preciso capitalizar mais financiamento para que o Ensino Universitário que está subfinanciado”, disse.

Garante que haverá um conjunto de fatores que terá que “entrar nesse racional de distribuição” e que os reitores e presidentes de politécnicos serão uma das partes ouvidas.

“Eles são parte interessada, na primeira reunião que tive com eles pedi soluções. Eu não cheguei aqui com uma varinha mágica e tenho aqui a solução. Este é um trabalho em equipa e tem que se chegar a um acordo, é evidente que eles fazem parte também do processo”, garantiu

Elvira Fortunado falava aos jornalistas, ontem ao final da tarde, depois de presidir à sessão de encerramento da conferência “As mulheres na Ciência”, um evento que integra o programa das comemorações dos 25 anos da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e que decorreu na UBI, uma das instituições de ensino superior que relata o seu subfinanciamento há vários anos, frisando que é das que menos recebe por aluno entre as suas congéneres.

A 30 de abril, durante as comemorações do aniversário, o reitor da UBI, Mário Raposo, disse que à UBI faltam cerca de seis milhões de euros para ficar em igualdade de circunstâncias com outras instituições.