CMC amplia Área de Reabilitação Urbana na zona da Torre de Santo António

A Câmara Municipal da Covilhã (CMC) aprovou, por unanimidade, na reunião extraordinária privada de segunda-feira, o alargamento da Área de Reabilitação Urbana (ARU) da cidade, de modo a incentivar a reabilitação da Torre de Santo António.

A extensão da ARU irá abranger terrenos da UBI e a Torre de Santo António que foi recentemente adquirida pela empresa Vetor Autónomo ao Banco Montepio.


A oposição votou favoravelmente, no entanto, manifestou reservas quanto à Torre. Em declarações aos jornalistas, no final da reunião privada da CMC, Pedro Farromba (Juntos fazemos melhor) explicou que a coligação solicitou que se dividissem os processos da UBI e da Torre, no entanto, a proposta “não foi considerada pela Câmara”.

A coligação vinca que votou “com uma condicionante”, uma vez que a empresa compradora da Torre “tem menos de 6 meses de existência, tem apenas um sócio e não tem qualquer histórico de construção ou promoção imobiliária”.

“Nós somos favoráveis à recuperação da Torre, mas temos dúvidas sobre uma empresa sem historial, e com capital social de 50 mil euros, para um investimento deste montante”, afirmou Pedro Farromba, frisando que “o documento segue para consulta pública e espero que as pessoas se pronunciem”.

A oposição destaca que são necessárias “garantias de que esta empresa não é apenas uma fachada” uma vez que, a concretizar-se o alargamento da ARU, a empresa que comprar a Torre passa a ter acesso a apoios como a isenção do IMT, ou a redução do IMI e do IVA.

Vítor Pereira, presidente da CMC, não se mostra preocupado com as questões levantadas pela oposição, uma vez que “seja quem for que compre a Torre, só usufrui do benefício se requalificar. Requalificando, está o objetivo cumprido”, disse.

O autarca revela que o objetivo da empresa compradora é “recuperar aquela Torre, tornando-a útil, fazendo com que tenha menos impacto visual na paisagem, com um arranjo arquitetónico muito bonito”.

Segundo o presidente, esta empresa adquiriu mais terrenos na área circundante à Torre para poder ali construir e criar um sistema integrado para ajudar a esbater o impacto na paisagem”.

No entanto, o autarca vinca que a ARU já não irá incluir estes terrenos, mas apenas a Torre.

Vítor Pereira sublinha, ainda, que “caso o negócio entre a empresa e o Banco não se concretize, outras empresas terão este atrativo para recuperar a Torre”.