A Comissão de Trabalhadores (CT) da Infraestruturas de Portugal (IP) protestou, na sexta-feira, dia 5, na Serra da Estrela, para exigir a integração de 12 trabalhadores do Centro de Limpeza de Neve, “que laboram há vários anos com contratos precários”, referiu, à agência Lusa, o coordenador da CT das IP, Fernando Semblano.
“Decidimos fazer uma iniciativa na Torre, porque desde 2016, data da fusão da Estradas de Portugal com a Refer, e desde o programa Prevpap que previa o combate à precariedade, que temos vindo a denunciar esta situação que já começa a ser escandalosa, nomeadamente no Centro de Limpeza de Neve”, explica Fernando Semblano, acrescentando que, “todos os anos, são contratados trabalhadores, sendo que alguns deles trabalham há mais de 20 anos, com contratos precários, e não são admitidos no quadro de pessoal”.
O coordenador da CT da Infraestruturas de Portugal realçou que os 12 trabalhadores em causa terminaram o contrato de trabalho na semana passada. “Este ano, o contrato atingiu os sete meses, com prolongamento. A IP contrata uma empresa temporária de trabalho que, por sua vez, contrata estes trabalhadores”, explicou, destacando ainda que “estes trabalhadores fazem falta à IP, em todos os sentidos, e ao longo de todo o ano”.
“No resto do ano, estes trabalhadores têm qualificações, quer para fazer a conservação de estradas, quer para fazer a segurança do centro que, em agosto, é entregue a uma empresa privada para fazer vigilância das instalações. Estamos com sobrecargas financeiras numa empresa que não está bem financeiramente”, concluiu Fernando Semblano.
A iniciativa tem como objetivo “demonstrar os vínculos precários dos trabalhadores aos utentes e turistas da Serra da Estrela, aos comerciantes e autarcas locais e à população”.
O protesto, que consistiu na colocação de cartazes, distribuição de panfletos e interação com a população e visitantes da Torre da Serra da Estrela, reuniu dirigentes da CT e alguns trabalhadores da IP.