A Assembleia Municipal da Covilhã aprovou, por maioria, uma moção em que se propõe à Câmara Municipal da Covilhã a criação da bolsa de estudo “Paulo de Oliveira”.
A proposta partiu dos grupos municipais do PSD e CDS e prevê a criação de uma bolsa, com um valor anual não inferior a 1.500 euros, “preferencialmente nas áreas de gestão ou têxtil”, para atribuir a um aluno da UBI.
Segundo explicou Vanda Ferreira, que apresentou a moção durante a reunião, a bolsa será uma forma de se prestar uma homenagem ao comendador.
Recordando que o seu grupo empresarial foi um dos primeiros empregadores dos quadros formados no então Instituto Politécnico da Beira Interior, atual UBI, esta homenagem terá por base a “relação umbilical” que este tinha com a universidade.
“Apesar da relação umbilical entre Paulo de Oliveira e a academia beirã, a perda recente de Paulo de Oliveira, não se traduziu ainda em qualquer reconhecimento do Município para que a sua figura perdure no tempo tal como a de Pêro da Covilhã, Frei Heitor Pinto ou Campos Melo”, afirmou.
Na proposta considera-se que tal reconhecimento “deve primar pelos princípios de trabalho, inovação e pelo investimento na terra e nas pessoas que aqui trabalham”, propondo-se então a criação da bolsa de estudo com o seu nome.
Na proposta é ainda explicado que a bolsa, para além de reconhecer a excelência nos estudos, deve ter em atenção os projetos que os alunos candidatos apresentem e pretendam implementar na cidade, vincando que esta pode ser renovada, até um período máximo equivalente ao gau.
No preâmbulo da moção Vanda Ferreira alerta, ainda, para a desatualização das bolsas que atualmente o município atribui, realçando que estas “não podem ser renovadas”, destinam-se apenas ao primeiro ano, e só têm em linha de conta os custos com as propinas, quando este “reduziu, mas os custos, nomeadamente com alojamento, incrementaram-se”.
A proposta para criação da nova bolsa foi aprovada por maioria, com os votos contra do grupo municipal da PCP.