A organização do “Festival da Cherovia” espera, na edição de 2022, cerca de 60 mil visitantes nos quatro dias do evento, foi hoje revelado na conferência de imprensa de apresentação do certame.
O festival realiza-se em pleno centro histórico da Covilhã, entre 22 e 25 de setembro, onde serão instalados cerca de 60 stands e apresentados mais de 50 espetáculos, em palcos formais e ao longo das ruas, realçou José Eduardo Cavaco, presidente da Banda da Covilhã, que organiza o evento junto com a Associação Cultural Desertuna e Covilhã Eventos.
Em quatro dias estima o consumo de cerca de dois mil quilos da raiz que “estava a cair no esquecimento” no arranque do festival, há 15 anos, e cuja produção na região, passou de seis para cerca de 20 toneladas, frisou o responsável.
Sublinhando a importância da gastronomia como estratégia para “o desenvolvimento económico social e turístico”, realça a aposta na promoção de um produto “típico da Covilhã” para “encher as ruas do centro histórico”, promovendo, também, o convívio, com o lema “Festa, Cherovia, Coração e Alegria”.
Eduardo Cavaco dá conta que a programação para esta edição, a 15ª do festival, “assenta em 7 pilares” diferentes que tornam este festival “único” e “com novidades todos os anos”.
Elenca o programa “pedagógico”, direcionado às crianças e escolas, “gastronómico” com a rota “cherovia no prato” direcionado aos restaurantes e que este ano revela um aumento dos restaurantes aderentes, situando-se nos 21, que, a partir de dia 19 vão ter pratos com cherovia nas suas ementas. Esta iniciativa decorre até dia 25.
Ainda o pilar cultural e neste aspeto a organização destaca um aumento na programação, duplicando os espetáculos, sendo que 98% dos artistas são locais, frisou ainda José Eduardo Cavaco.
Realce, ainda, para os pilares “ambiental”, com os copos reutilizáveis e o “histórico”, uma vez que proporciona a abertura de portas e o “reviver espaços históricos que habitualmente estão encerrados ao público”.
O pilar “contemporâneo”, surge com o circuito de arte urbana, e a terminar o pilar “pessoas e a alma de ser covilhanense”. “Os covilhanenses gostam muito do que é seu e o festival potencia esse espírito de pertença”, defendeu José Eduardo Cavaco, vincando que “a alma covilhanense é a alma do festival”, disse.
Com um orçamento de 20 mil euros a organização espera cerca de 60 mil pessoas a visitar o certame.
A grande novidade do evento é a apresentação do “Covilhoco”, um pastel com recheio de cherovia, idealizado pelo próprio Eduardo Cavaco e que estará, pela primeira vez, à venda durante o festival, avançou ainda o responsável.
O certame, tal como é tradição, tem início à quinta-feira, com uma programação direcionada aos estudantes da UBI.
Ricardo Nora, presidente da AAUBI, presente na conferencia de imprensa, lançou o desafio para “outras instituições verem na AAUBI um parceiro, tal como faz este festival, para que os estudantes conheçam as tradições da Covilhã”. Uma opinião partilhada pelo magíster da Desertuna, que coorganiza o certame.
Irene Barata, em representação da Confraria da Cherovia e Panela do Forno explica que este festival é uma “mais-valia” para dar a conhecer os produtos e a própria confraria.
José Miguel Oliveira, vereador com o pelouro do associativismo na Câmara Municipal da Covilhã, destaca a “união entre instituições” que permite esta organização, vincando que “é colaborando e trabalhando em conjunto que se conseguem fazer grandes eventos para quem cá está e para quem nos visita”.
Considera o festival “uma marca” no calendário de eventos na região e mostrou-se convicto que “este pode ser um cartaz a nível regional ou nacional”.
Realça ainda a “componente pedagógica”, por trazer as crianças “para esta gastronomia tão nossa”, frisou.
O festival decorre, entre 22 e 25 de setembro, na zona de Santa Maria, na Covilhã, em pleno centro histórico da cidade.