Incêndios: Covilhã contabiliza 35 milhões de euros de prejuízos

Os incêndios de agosto na Serra da Estrela provocaram um prejuízo de 35 milhões de euros no concelho da Covilhã. O número foi avançado por Vítor Pereira, presidente da Câmara Municipal durante a reunião pública da autarquia esta sexta-feira.

Recordar que, no concelho da Covilhã, os incêndios consumiram 10,18% da área total do concelho, 5.887 hectares, afetando as freguesias de Cantar Galo e Vila do Carvalho em que arderam 26,62% da freguesia, Cortes do Meio (0,52%), Teixoso e Sarzedo (20,53%), Orjais (38,67%), Vale Formoso e Aldeia do Souto (46,9%) e Verdelhos (78,2%).


Aos jornalistas o autarca destaca que, na parte municipal, os prejuízos atingem os 12 milhões de euros, sendo o restante de privados e também de outras entidades públicas.

Revela ainda que 35 milhões é o valor apurado e enviado à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, mas que este pode ainda aumentar, uma vez que há pequenos agricultores que só agora estão a fazer chegar essa informação.

Vítor Pereira descreve danos em sinalização, rails de proteção e vias de comunicação, entre outras, que ficaram danificadas e que terão que ser substituídas.

Sobre as medidas anunciadas pelo Governo frisa que tem expectativas “elevadas”, afirmando que o pacote anunciado é “um bom pontapé de saída”, ressalvando, no entanto, que “não há dinheiro que pague alguns dos danos que os incêndios provocaram”.

Tendo em conta que algumas das ajudas dependem de candidaturas a efetuar pelos próprios lesados, Vítor Pereira, questionado sobre esta matéria, frisa que os serviços da Câmara estarão ao dispor de todos aqueles que não tenham capacidade, ou autonomia, para fazer as suas candidaturas.

Segundo avança a Câmara irá, em permanência, “monitorizar, ajudar e apoiar todos aqueles que foram afetados pelos incêndios”.