Durante a marcha lenta promovida pela Plataforma P’la Reposição das SCUTS na A23 e A25, ontem ao fim do dia, os manifestantes empunhavam cartazes em que se lia “Sr. Primeiro Ministro ouça o Interior”, mensagem reforçada nas declarações aos jornalistas do porta voz da Plataforma.
“Estamos aqui para dizer ao Governo que observe, esteja atento que ouça o Interior”, vincou Luís Garra, afirmando que “aqui está apenas uma representação da população do interior”.
Luís Garra avança ainda que a petição em que se pede reposição das SCTUS no interior já recolheu mais de 5 mil assinaturas.
Luís Garra enviou ainda um recado a todos os deputados socialistas eleitos pelo Interior. Sustentando que apesar de o PS ter maioria absoluta, este leque de deputados pode “defender quem os elegeu”, introduzindo a abolição de portagens no Orçamento do Estado para o próximo ano, uma vez que decorre ainda a discussão na especialidade.
“Se amam o Interior e respeitam o povo que os elegeu, só têm que dizer ao seu partido que primeiro estão pelo Interior e só depois estão pelo partido”.
Para a Plataforma a abolição das portagens “é uma medida de bom senso económico, uma medida de âmbito social alargado”, disse.
Sustenta que as pessoas que protestam, e que participaram nesta marcha lenta são gente “que trabalha, que emprega, que faz a economia desta região”.
Luís Garra reforça, tal como já fez em outras ocasiões, que se a abolição das portagens não for contemplada no Orçamento do Estado a luta irá continuar, “nem que tenha que andar aqui de bengala”, disse.
“Nós não somos parolos, e se o que pretendem é dizer que isto não precisa de estar no Orçamento, então fiquem sabendo que o nosso foco de luta deixa de ser centrado na discussão do Orçamento e passa a ficar centrado na ação de todos os dias. É isso que querem? Se quiserem ter luta todos os dias, vão ter luta todos os dias, porque nós somos capazes de a fazer”, disse.
A Plataforma P’la Reposição das SCUTS na A23 e A25 reclama a abolição das portagens nas autoestradas do interior, medida que deve estar contemplada, dizem, no Orçamento do Estado para 2023.