AM Manteigas: Previsto encerramento da estrada até Piornos por período “não inferior a 6 meses”

No período antes da ordem do dia da reunião ordinária da Assembleia Municipal de Manteigas, o presidente da autarquia, Flávio Massano, avançou que a Estrada Nacional 338 irá encerrar por um período que prevê “não ser inferior a seis meses”.

A questão foi abordada numa reunião solicitada pela Infraestruturas de Portugal (IP), onde veio a ser confirmada a decisão do encerramento da estrada que liga Manteigas até Piornos.


De acordo o presidente da autarquia, na reunião estiveram presentes a IP, a Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANEPC), a GNR de Montanha, o Instituto de Conservação e Natureza das Florestas (ICNF) e a Câmara Municipal.

Segundo avançou Flávio Massano, a queda de pedras, independentemente da classificação dos alertas meteorológicos, foi o motivo que levou à concordância, por parte das entidades presentes na reunião, do encerramento da estrada.

“Na reunião, disse que tínhamos de ter alternativas e um plano de intervenção, rápido, urgente e eficaz”, vincou o autarca.

Como alternativas à situação, Flávio Massano disse ter sido estudada a estrada das Lameiras, “que defenderam não ser uma opção viável, por a IP considerar que não cumpre os requisitos mínimos de segurança”.

A “Ponte dos Amigos da Serra” foi outra proposta analisada, não podendo, no entanto, ser a solução “porque não está preparada para trânsito em excesso”.

Por último, o autarca referiu a estrada da Serra de Baixo como uma possível solução, sublinhando que já foi iniciado o pedido de viabilidade de arranjo da estrada, que terá duas fases.

“O primeiro pedido que fizemos ao ICNF foi saber se podemos intervencionar a estrada com tout-venant ou brita, um material mais básico para que os carros possam passar”, frisou Flávio Massano, acrescentando ainda que o segundo pedido foi saber se é possível “intervencionar com betuminoso para uma solução a longo prazo”.

Durante a sua intervenção, Flávio Massano avançou que “a IP iniciou a monitorização da estrada imediatamente após o incêndio e que, inicialmente, não estava previsto o encerramento da mesma”, uma decisão que se veio a alterar “depois de se ter visto que a queda de pedras ocorria independentemente dos avisos meteorológicos”.

Na sequência desta questão, António de Carvalho, em nome da bancada do PS na Assembleia Municipal de Manteigas, teceu críticas face àquela que foi a gestão pós-incêndio da autarquia, deixando um recado a Flávio Massano para que “deixe de ser tão reativo e comece a ser mais proativo”.

“Não é preciso ser especialista para adivinhar que, depois do incêndio que deflagrou naquela zona, iam cortar a estrada”, afirmou o deputado do PS, acrescentando que “aquilo que se podia era que entrassem, de imediato, em contacto com a IP, para que a discussão que está a ocorrer agora, tivesse ocorrido em agosto e setembro”.

Em resposta à bancada do PS, Flávio Massano afirmou que “se a estrada da Serra de Baixo for a única opção e for necessário investir, a Câmara Municipal irá investir”.

A reunião de carácter ordinário da Assembleia Municipal de Manteigas teve lugar na sexta-feira, dia 16.