Relatório da OCDE confirma subfinanciamento da Universidade da Beira Interior

O relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) a propósito do modelo de financiamento do ensino superior, divulgado dia 19, pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), confirma, desde 2009, a UBI tem vindo a receber o valor mais baixo de financiamento entre as suas congéneres, valor esse que apresenta, nesse período de tempo, uma tendência decrescente, e que, neste momento, corresponde a menos de 1750 € por aluno, descreve a UBI na sua página, citando o relatório.

O relatório indica que a ausência, desde 2009 (ano em que a fórmula de financiamento foi aplicada pela última vez), da aplicação de uma fórmula para a alocação de fundos às IES tem tido como consequência um progressivo desalinhamento entre o financiamento atribuído e os números reais de inscritos nas IES.


Na mesma publicação a UBI recorda que “já em abril passado, o Reitor da UBI, Mário Raposo, afirmou que se se considerar a fórmula de financiamento em vigor e não o histórico que nos penaliza, a Universidade da Beira Interior deveria ter, já neste Orçamento, pelo menos mais 6 milhões de euros atribuídos”

Depois de várias conversas com o Ministério de Ciência Tecnologia e Ensino Superior e da pressão de Reitores de várias Universidades, “foi reconhecido que o orçamento histórico das instituições não se encontra minimamente adaptado à realidade atual. Nesse contexto foi construído um novo cenário com base no número de alunos, ponderados pelos fatores de custo de cada curso. Essa realidade revelou um subfinanciamento da UBI em cerca de nove milhões de euros”.

Com base nesta realidade, confirmada agora pelo relatório da OCDE, o reitor da UBI “espera que seja possível desenvolver um contrato programa para a UBI, que, tendo em vista reconhecer o esforço que tem sido feito por toda a comunidade académica, tenha em consideração os custos de contexto, permita atingir níveis de financiamento por aluno idênticos aos das instituições congéneres e autorize ultrapassar os limites do Orçamento de Estado na aplicação de verbas, para reforçar as equipas de recursos humanos da Universidade”.