“Ai, que susto!”: 113ª produção do Teatro das Beiras “brinca” com medos da infância

Com estreia marcada para o dia 1 de março a 113ª produção do teatro das Beiras, “Ai, que susto!”, relata alguns dos medos dos miúdos.

De forma leve e com muitas cantorias à mistura, os atores em cena dizem para a plateia “tu não paniques”, e durante mais de uma hora, vão brincando com assuntos sérios.


Como base de trabalho para construção da peça o encenador, José Carretas, visitou a escola de S. Domingos e falou com crianças entre os 8 e os 12 anos. Ficou “espantado” com o relato de alguns medos, como o medo de viver, disse aos jornalistas no final do ensaio aberto aos jornalistas.

Detalha que os miúdos relataram medos como a noite, o escuro, o medo de morrer sós ou de passar uma noite só no hospital, o que poderão indiciar medos que a pandemia deixou.

Nem todos estão na peça, porque a lista é infindável, diz José Carretas, relatando que o trabalho final “não pretende ter fins profiláticos ou pedagógicos”.

Descreve que na peça se brinca com estas situações e que está “curioso para ver a reação das crianças”.

Afirma que este não pretende ser um trabalho “com uma mensagem final”, mas que facilmente se conclui que “dividir o medo, partilhar com o grupo de amigos, é mais fácil, torna-se menos dramático”, disse.

Por outro lado, reconhece que a peça deixa pistas aos adultos para que reconheçam comportamentos nos mais novos e depois, em família, se fale sobre o assunto abordando a peça.

A peça estreia dia 1 de março, fica em cena para o público escolar entre 1 e 3 e de 7 a 10 de março. No dia 4 tem uma sessão para o público em geral/famílias às 16:00.