Hugo Renato Duarte, um dos sócios que interpôs uma providência cautelar para travar a transformação da SDUQ, Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas, do Sporting Clube da Covilhã em SAD, Sociedade Anónima Desportiva, utilizou o período de intervenção do público, na Assembleia Municipal da Covilhã, para questionar se, caso a atual situação se altere, a autarquia continuará a ceder as infraestruturas municipais ao clube.
“Tendo em consideração a possibilidade da transformar a SDUQ em SAD” e sabendo-se que “o clube é o único detentor atual da SDUQ e que a SAD seria vendida em 80% a um alheio, desconhecido e privado, será que a Câmara Municipal da Covilhã tem o mesmo comportamento, em relação à cedência das infraestruturas municipais?” destacou.
“Será legal, ou ético, que a Câmara Municipal ceda, sem ser a preços de mercado, equipamentos municipais a uma sociedade desportiva anónima privada?, questionou”
Uma pergunta que não teve uma resposta direta do presidente da Câmara Municipal.
Vítor Pereira frisa que esta é uma dúvida que também o “assaltou”, sublinhando que “é necessário ponderar” qual a atitude da autarquia, tendo primeiro que saber “em que termos a SAD será constituída”, se o for.
Por outro lado, o autarca destaca que “não se pode tratar um privado como uma entidade sem fins lucrativos”, por isso terá que se analisar o caso no futuro.
Frisa que em relação ao Sporting da Covilhã “a primacial obrigação do município é com as camadas jovens, quanto à questão profissional e empresarial terá que ser estudada no futuro”, disse.
Recorde-se que estádio é propriedade do município, cedido ao Sporting Clube da Covilhã que o utiliza, desde 2014, para os jogos da equipa sénior na II Liga. Recordar que no período entre 2005 e 2014 o clube jogou no Complexo Desportivo.
Ao longo dos últimos anos o clube realizou obras no recinto. Começou a ser remodelado em 2016, com a renovação de toda a zona nascente. A segunda fase, em 2017, foi a construção de parte da bancada poente e a construção de uma estrutura de três pisos, que incluiu novos balneários, espaços administrativos, sala de treinadores, camarotes, sala de imprensa e uma bancada com cerca de 400 lugares.
As obras da última fase da bancada poente, que vai terminar a requalificação do Estádio Santos Pinto, estão a decorrer.