SCC: Grupo de sócios mostra-se indignado e não desiste da assembleia extraordinária

O grupo de associados do Sporting Clube da Covilhã que promoveu um requerimento para a realização de uma assembleia geral extraordinária, para travar a transformação da SDUQ em SAD e que foi indeferido pela Mesa da Assembleia Geral por não reunir todos os requisitos, disse hoje, em conferência de imprensa à porta do estádio Santos Pinto, que irá suprir as lacunas apontadas e voltar a requerer a reunião extraordinária do órgão.

O grupo destaca que “não aceita as justificações vagas e abstratas”, dadas pelo Presidente da Assembleia Geral, para a não marcação da reunião.


No comunicado, lido aos jornalistas por Nuno Pinto, primeiro signatário do requerimento, o grupo mostra “indignação e estupefação com os argumentos invocados pelo presidente da Mesa da Assembleia Geral”, para indeferir o pedido feito, detalhando que “seria importante” que este referisse “quais os associados que se encontram nesta situação e que fosse estabelecido um prazo para corrigir a situação”, um compromisso que, explicou, terá sido assumido numa reunião entre as partes, a 30 de janeiro. “Nada disto foi feito e limitou-se pura e simplesmente a indeferir o pedido”, disse, concluindo que Jorge Gomes, presidente da Assembleia Geral do clube “não cumpriu com o que foi prometido”.

O grupo considera ainda “surpreendente” que pouco depois da recusa em realizar esta assembleia geral, venha a direção pedir uma reunião, sem dar a conhecer os pontos a discutir.

Questiona se “agora já não se coloca a necessidade de aguardar pela decisão da providência cautelar, que foi apresentada por dois sócios, para travar a referida transformação da SDUQ em SAD?”, perguntando “qual a urgência em anunciar esta convocação” e se “será uma urgência semelhante à do processo de transformação em dezembro?”.

O grupo concluiu que este processo não está encerrado e que irá requerer novamente a assembleia geral

“No pleno gozo dos seus direitos, consagrados nos estatutos do clube, não abdicam da sua responsabilidade na construção do futuro da instituição e vão requerer novamente a marcação da Assembleia Geral com o ponto de ordem: Revogação da deliberação tomada na Assembleia Geral do dia 29 de dezembro de 2022 (transformação da SDUQ em SAD)”.

Questionado pelos jornalistas sobre os dois processos a decorrer para travar a transformação da SDUQ em SAD, Nuno Pinto realça que são dois processos distintos.

“O que entrou no Tribunal é um processo e este é outro, a deliberação do tribunal pode ou não ser favorável e por isso avançamos também para a assembleia geral extraordinária, um processo não invalida o outro”, disse.

Quanto ao requerimento entregue, que foi acompanhado por 107 assinaturas, Nuno Pinto explica que, informalmente, foi dito que havia sócios que não tinham tempo suficiente de associados e outros que não tinham as quotas em dia. Explica que irão entregar de novo o requerimento, com a certeza de que as 100 assinaturas mínimas cumprirão todos os requisitos, “é um processo que não está fechado, temos assinaturas suficientes para requerer a assembleia geral”, disse.

Nuno Pinto frisa que este é um processo que “pôs os sócios a falar e a envolverem-se no clube” o que, por si só, “é importante”.

“Esta situação, independentemente do fecho que tenha, trouxe os sócios a falar no clube, a falar o clube, a envolverem-se no clube, o que já não se via há muito tempo. Isto é um processo democrático e a democracia é assim, é assim que o Sporting da Covilhã tem de funcionar. É a melhor prenda que podemos dar ao clube no centenário”, concluiu.