Em declarações à RCC, Diana Silva, criminóloga, realça que o isolamento social é uma das primeiras estratégias utilizadas pela pessoa agressora.
“No início pode vir mascarado como amor, mas, na verdade, já é uma das primeiras estratégias que surge, que é o isolamento social da vítima para que, cada vez mais, ela esteja sob o controlo da pessoa agressora”, sublinhou Diana Silva.
O Gabinete de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica da CooLabora apoiou, no ano passado, 149 novas situações de violência doméstica.
Relativamente a números, Diana Silva, sublinhou que 2022 foi um ano “paradigmático” para a CooLabora, destacando o aumento de 22% casos de violência doméstica em relação aos anos anteriores, o que representa 149 novos casos.
De acordo com a criminóloga, tendo em conta as vítimas que mantêm um atendimento contínuo de anos anteriores, a CooLabora atendeu, no ano passado, 292 vítimas, um número que “nunca tinha sido apresentado desde o início do trabalho do gabinete”.
No que toca ao perfil das vítimas, é algo que se “mantém em linha” relativamente aos anos anteriores, segundo a
Em declarações à RCC, Diana Silva avançou que 90% das vítimas são do sexo feminino, frisando que também nas camadas idosas houve um aumento, quer nas mulheres, quer nos homens.
2022 foi o ano com mais casos de violência sexual, no sexo feminino, registados na CooLabora, sendo que a pessoa agressora, para as mulheres, continua a ser, em 47% das situações, o ex-companheiro.
Nas vítimas do sexo masculino, a criminóloga revelou a pessoa agressora é “quase sempre o pai”.
“Em 36% das situações que nos chegaram havia crianças menores no agregado, portanto, expostas às situações de violência”.
O gabinete presta apoio nas vertentes de apoio psicológico/emocional, informação jurídica e encaminhamento social, na sua área de intervenção, nomeadamente na Covilhã, Belmonte e Fundão.