8 de março: 1 dia para celebrar a igualdade. 365 dias para a praticar

Para a Comissão para a Igualdade entre Homens e Mulheres da União dos Sindicatos de Castelo Branco, assinalar o 8 de março, Dia Internacional da Mulher, é reivindicar que a igualdade se pratique todos os dias do ano.

Gabriela Gonçalves, coordenadora da comissão na União dos Sindicatos de Castelo Branco, refere que a mensagem que tem que se passar neste dia é precisamente que “combater as desigualdades é o caminho certo”.


“Já muitos passos foram dados ao longo dos anos, já conseguimos alguns objetivos, mas ainda não os conseguimos todos” afirma, dando como exemplo as “desigualdades salariais” e o facto de “muitas profissões continuarem vedadas às mulheres, ou quase”.

A sindicalista não tem dúvidas que uma das principais dificuldades para a mulher é “a conciliação entre a vida laboral e a familiar”.

Reconhece que já há mais partilha das lides domésticas, por exemplo, com os homens, mas tal ainda não é a regra.

“Com os horários e com a exigência que cada vez mais tem o trabalho, a conciliação é difícil e não há estruturas socias que nos ajudem, para além de que os salários são baixos para conseguir outras ajudas”, vinca.

Relembra também que para se chegar a este dia de reivindicação, morreram homens e mulheres e que esta luta foi iniciada por “aumentos salariais e redução do horário de trabalho, uma luta ainda hoje atual”, detalha.

Gabriela Gonçalves falava aos jornalistas à margem de uma concentração realizada na Praça do Município, na Covilhã, para reivindicar essa ambicionada igualdade, também sob a forma de monumento que apelidaram de “Monumento às Desigualdades”.

Sérgio Santos, coordenador da União dos Sindicatos de Castelo Branco, explica que neste monumento a figura masculina passa por sem dificuldade enquanto que a feminina tem um obstáculo para transpor.

“Este é o obstáculo que queremos que despareça”, representa vários, como a questão dos salários, as leis da paridade que não deviam existir, devia existir a da meritocracia. É isto que reivindicamos ao longo de todo o ano e não só hoje”, disse.

Detalha que a estrutura sindical assinala este dia como sendo “o dia da igualdade”, dando como exemplo o jantar comemorativo que, este ano, senta à mesma mesa cerca de 70 elementos, homens e mulheres.

“Igualdade que se assinala, e se reivindica, todos os dias. Assinalam-se hoje 166 anos de uma luta por melhores salários e condições que continua atual”, sublinha.