O projeto técnico para transformar o antigo Acondicionamento Têxtil, edifício frente à Cadeia da Covilhã, na Unidade de Saúde Familiar Estrela foi aprovado, com a abstenção da oposição, na reunião extraordinária da CMC esta sexta-feira. Uma USF que irá servir, numa primeira fase, cerca de 12 mil pessoas.
A candidatura a fundos do PRR para as obras, no valor de 615 mil euros, também já foi aprovada, disse Vítor Pereira, frisando que vai ser lançado o concurso para a obra dentro de dias.
Os 3 vereadores eleitos pela coligação “Juntos Fazemos Melhor” abstiveram-se na votação e aos jornalistas criticaram, sobretudo, a localização da unidade, sublinhando que esta será instalada num 2º andar, sem paragens de autocarro nas imediações e com um circuito difícil para quem use o parque de estacionamento nas traseiras, uma vez que terá que utilizar 2 elevadores distintos.
“Reconhecemos o mérito de recuperação do edifício, mas colocar uma unidade de saúde familiar num segundo andar é de difícil”, disse Pedro Farromba salientando que “este deveria ser no rés-do-chão, mas a câmara não chegou a tempo porque houve um privado que o fez e que vai aí instalar serviços de saúde”, disse.
“A oposição anda a dormir há três anos”, reagiu Vítor Pereira, salientado que o tema já foi debatido várias vezes em reuniões de câmara e assembleias municipais. “Vem agora o senhor vereador falar em 2º andar e de forma descontextualizada”, realça.
Sublinha que quando alugou o espaço o R/C já não estava disponível e explica que há elevadores no edifício. Quanto à localização “é ótima”, vinca, destacando que há paragens de autocarros próximas, para além da suportar a afirmação com a proximidade à estacão ferroviária e central de camionagem, para além da proximidade aos serviços da Segurança Social.
Vítor Pereira ironiza com o que considera as “corrosivas críticas da oposição”.
“Fica num 2º andar, mas há elevador para que comodamente se aceda ao espaço, tem estacionamento. É por vir do estacionamento, apanhar um elevador e depois apanhar outro?”, questiona.
O autarca sublinha que o objetivo é continuar na senda da requalificação de edifícios emblemáticos na cidade, como é o caso, colmatando, ainda, uma necessidade que a Covilhã tem ao nível dos cuidados de saúde primários.
Vinca que o projeto foi elaborado com o apoio de arquitetos da Administração Regional de Saúde que também já o aprovou, considerando o espaço “perfeitamente adequado”, conclui.
Recordar que a Câmara Municipal da Covilhã e a ANIL formalizaram um contrato de arrendamento das instalações, em junho de 2021, com a duração de 25 anos, e este servirá para ali instalar a USF e o Centro de Atividades, cujo projeto está também a ser elaborado.