Investigadora do CICS-UBI recebe “Prémio Jovem Investigador”

A Universidade da Beira Interior (UBI), em parceria com o Banco Santander, atribuiu a Ângela Sousa, investigadora do Centro de Investigação em Ciências da Saúde (CICS-UBI), o Prémio Jovem Investigador.

A informação foi hoje avançada pela instituição, que sublinhou que o prémio foi criado para “reconhecer o mérito de cientistas da UBI que se distingam pela excelência da sua atividade, através da apresentação de projetos interdisciplinares que contribuam para o desenvolvimento sustentável e o bem-estar humano”.


O trabalho vencedor, escolhido por um júri que incluiu personalidades de relevo, intitula-se “MIND: Multifunctional Innovative NanoDevice for lung cancer therapy” e propõe estudar “uma nova forma de tratamento do cancro do pulmão, que evite o recurso à quimioterapia e os seus efeitos negativos, com outras vantagens como a redução dos custos para o sistema de saúde”, pode ler-se na página da UBI.

“Pretendemos desenvolver um nanodispositivo inovador e multifuncional para a terapia”, sintetiza a investigadora do CICS-UBI, durante a sessão de entrega do prémio, no dia 8 de março, acrescentando que “estão envolvidos no estudo vários elementos da UBI e três colaborações, duas nacionais e outra internacional”.

O prémio, no valor de 5.000 euros, de acordo com Ângela Sousa, é uma oportunidade para dar início ao trabalho proposto. “Agradeço a iniciativa, porque nos levou a pensar em novas ideias e é uma boa forma de dar início a projetos muito interessantes, que certamente irão ter oportunidade de alcançar grandes resultados”.

A cerimónia contou com a presença do reitor da UBI, Mário Raposo, da vice-reitora para a área da Investigação, Sílvia Socorro, e de um representante do Banco Santander, Duarte Rodrigues, além de elementos da equipa do projeto, vice e pró-reitores da UBI, entre outros responsáveis da academia.

Mário Raposo aproveitou para agradecer o apoio do Santander e, noutro plano, o trabalho que tem sido desenvolvido dentro da UBI, na área da investigação, com resultados evidentes.

“Agradeço à vice-reitora todo o empenho que tem colocado na dedicação à ciência e na sua promoção junto dos nossos investigadores e professores, que tem feito a UBI assumir um protagonismo cada vez mais crescente em várias áreas”, afirmou o reitor, que apresentou alguns números desse sucesso.

“Conseguimos, nos últimos anos, ter um crescimento exponencial ao nível, por exemplo, das publicações científicas. Já ultrapassámos os 1.000 artigos por ano, mas mais importante do que a quantidade também é a qualidade. Uma grande maioria dos artigos científicos já são em revistas de relevo, o que quer dizer que a qualidade, em todas as áreas científicas, tem assumido um peso cada vez maior”.

Nesta intervenção centrada da investigação, Mário Raposo alertou para a importância de procurar parcerias internacionais, devido ao financiamento e à riqueza científica que originam, e exortou a comunidade académica a aproveitar a UNITA e os recursos laboratoriais existentes nas universidades do consórcio.

Acerca do Prémio Jovem Investigador UBI/Santander, Sílvia Socorro avançou que a edição teve sete candidaturas, em áreas bem distintas, “de elevadíssima qualidade”. “Aos restantes seis, que não puderam ser contemplados, deixo uma palavra de incentivo e motivação para continuarem a avançar com os trabalhos, que servem para promover o seu percurso pessoal e, com isso, também obviamente a universidade”, disse.

O júri escolheu o projeto apresentado por Ângela Sousa, diplomada pela UBI, a qual tem uma “trajetória de relevância em termos de investigação e dinâmica de promoção da ciência, participando em estudos inovadores e tido uma presença constante em colaborações com entidades científicas e empresariais, nacionais e estrangeiras”.

“Todo o seu percurso de formação na nossa universidade é um dos muitos exemplos do sucesso que temos e do que podemos chamar ‘made in UBI’”, salientou Sílvia Socorro.

Presente na cerimónia, enquanto representante da Fundação Santander, Duarte Rodrigues quis dar conta de que o prémio é um exemplo do que a instituição quer fazer no futuro, abrindo portas a futuras colaborações com a UBI.

“Dentro das atividades mecenáticas que delineámos com a Reitoria da Universidade, decidimos a apoiar este projeto de investigação e, daqui para a frente, de uma outra forma, vamos continuar a apoiar esta academia e o conhecimento e a produção de conhecimento que aqui se faz”, sublinhou a representante da Fundação Santander.