336 projetos de modernização do comércio na Serra da Estrela vão receber apoio do Governo

Nos seis concelhos do Parque natural da Serra da Estrela, abrangidos pela medida “Transformar Comércio”, lançada em janeiro pela Direção Geral das Atividades Económicas, DGAE, foram apresentados 336 projetos, foi hoje avançado pela Diretora Geral instituição, Fernanda Ferreira Dias, na Covilhã, numa sessão realizada com o propósito “de apresentar contas” sobre a medida.

Segundo avançou a responsável foram recebidas um total de 336 candidaturas, cujo aviso fechou a 13 de março, sendo que o concelho da Guarda foi o que recebeu mais projetos, 118, seguiu-se a Covilhã com 101, Seia com 58, Gouveia com 28, Celorico da Beira com 17 e Manteigas com 14 candidaturas.


A medida tem uma dotação de 2 milhões de euros e os empresários podem receber 80% dos seus projetos, até um limite de 7.500 euros.

Segundo avançou Fernanda Ferreira Dias, foram recebidas candidaturas com um investimento global de perto de 2,7 milhões de euros, sendo elegíveis 83%, ou seja, 2,3 milhões, o que equivale a um apoio de 1,87 milhões de euros, detalhou.

Resultados globais que deixaram “satisfeito” o Secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, que também participou da sessão.

“É um balanço positivo, mostra que fez todo o sentido que este instrumento fosse aberto para esta região”, disse aos jornalistas, frisando que “fez questão de vir à Covilhã apresentar as contas da medida” que tornará o “comércio mais moderno e qualificado”, avançando que agora os vários organismos que tutela “estarão no terreno a monitorizar a sua implementação”.

Nuno Fazenda recorda que foram dadas todas as hipóteses a estes empresários para elaborarem as candidaturas, sendo o prazo inicial de candidatura prolongado. Destaca que “houve interesse e mobilização por parte do comércio”. O governante considera importante que esta modernização aconteça, uma vez que “o comércio é também uma montra dos produtos locais e da região que tem impacto na área do turismo”, vincou.

Recordar que esta medida foi apresentada, também, no Salão Nobre dos Paços do Concelho da Covilhã, a 5 de janeiro e tem como objetivo alavancar as pequenas e microempresas do setor do comércio, com apoio a projetos que visam a modernização e valorização de estabelecimentos abertos ao público de comércio a retalho.

Na sessão desta manhã, para além da Direção Geral das Atividades Económicas, participaram também o chefe de equipa do projeto de transição digital do IEFP, Luís Manuel Ribeiro, que apresentou as medidas disponíveis para apoio nesta área e Marisa Garrido da Agência de Competitividade e Inovação do IAPMEI que deixou as linhas gerais dos programas de apoio que estão em curso.

Nuno Fazenda sublinha que é importante vir ao terreno “dar conta destes programas”, porque para além da modernização, urge dar ferramentas e qualificações para a transição digital, vincando que “são esses os apoios que o IEFP proporciona, para ajudar a vender os produtos por via digital”.

“É nesta combinação de melhorar aspetos físicos e o digital que permite, ainda, afirmar mais o nosso comércio”, sublinhou.

Vítor Pereira, presidente da Câmara Municipal da Covilhã aplaudiu a medida anunciada na Covilhã em janeiro, considerando que “com outras de âmbito nacional” vai ser possível” melhorar e mitigar os efeitos nocivos colaterais dos incêndios”, disse.

Também Gualter Mirandez, vice-presidente da direção da Confederação do Comércio e Serviços sublinhou a importância da medida, afirmando que “infelizmente, foi preciso os incêndios para que o comércio tivesse apoio para tratar da sua imagem em termos físicos e digitais”, disse.