Artur Costa Pais, administrador da Turistrela, empresa detentora do contrato de concessão da exploração do turismo e do desporto na Serra da Estrela, garantiu, esta manhã, que tem pronto o plano de investimento para a Serra, vincando que “falta é ordenamento do território e investidores”.
“vamos hoje apresentar as linhas de orientação em termos de investimento, como a requalificação da Torre, novos equipamentos de animação turística e unidades hoteleiras. Nem precisamos de 60 dias, hoje mesmo podemos entregar o plano, sublinhou, dando conta que “os problemas na Serra são a falta de ordenamento do Parque, que inviabiliza qualquer iniciativa e a falta de investidores”, sublinhou.
O administrador falava à entrada para a primeira reunião da Comissão de Acompanhamento do Desenvolvimento Turístico da Serra da Estrela que decorreu no Salão Nobre dos Paços do Concelho, na Covilhã, hoje ao final da manhã.
Recordar que Nuno Fazenda, Secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, emitiu um despacho, na última sexta-feira, em que dá à Turistrela 60 dias para apresentar um plano de investimentos para a sua área de concessão turística.
Em declarações aos jornalista explica que pretende um “plano de investimentos detalhado e calendarizado”, com as respetivas fontes de financiamento identificadas, para ser objeto de “avaliação, escrutínio e acompanhamento, numa lógica de cooperação, pela Comissão de Acompanhamento, que integra as autarquias, Infraestruturas de Portugal, Agência Portuguesa do Ambiente, CCDR, Entidade Regional de Turismo e Turismo de Portugal, explicou o governante, garantindo que só desta forma “se pode tornar a Serra da Estrela um fator de grande valia turística nacional”.
Nuno Fazenda sustenta que “a Serra da Estrela é uma das joias do país” que “tem que ser valorizada e ter um novo impulso no turismo e é isso que está em causa”. “Um novo impulso para o desenvolvimento da Serra da Estrela com um trabalho conjunto, com todos”, sublinhou.
O Secretário de Estado frisa que se está “no tempo de reunir, sentar à mesma mesa, promover a cooperação”. Não esconde que a ambição “é fazer mais e melhor”.
Artur Costa Pais elogia a criação da Comissão de Acompanhamento, frisando que, tal como há 20 anos, será mais fácil desbloquear investimentos.
“Foi o que fizemos há 20 anos quando fizemos o investimento da estância de esqui e do sanatório”, sublinhou, afirmando é vantajoso uma vez que “são as próprias entidades que licenciam que fazem parte da comissão”.
Realça que a Turistrela pretende consensos para reunir cada vez mais investidores e realizar projetos. “Queremos fazer as coisas bem, para transformar a nossa região num ícone do turismo, do ambiente e ciência. Queremos fazer bem feito, em conjunto com aqueles que queiram participar”, disse.
Avança que nos planos continuam o projeto das telecabines para a Torre, o plano de revitalização da Torre, “que mudará o paradigma do turismo naquele local”, afirmando que este “incluiu um plano de mobilidade que pretende reduzir ao máximo o número de carros na Torre, e até o número de turistas”, não excluindo que “seja necessária a inscrição numa plataforma” para visitar o ponto mais alto de Portugal Continental.
Artur Costa Pais disse, à entrada da reunião, que estes são alguns dos projetos que estão no papel e que iria apresenta-los aos restantes parceiros neste primeiro encontro.
Foto: Gonçalo Poço