WOOL: Festival de Arte Urbana regressa à Covilhã entre 10 e 19 de junho

De 10 a 18 de junho, o WOOL, o mais antigo festival de arte urbana do país, regressa às ruas da Covilhã.

Helen Bur, Mariana Duarte Santos e Taxis são os artistas convocados a adicionar novas cores, texturas e narrativas ao centro histórico da Covilhã.


Helen Bur irá apresentar o seu trabalho que “varia entre o óleo sobre a tela e a tinta sobre a parede”. Será nesta última vertente que a britânica se vai inscrever pelo WOOL, com um mural que deverá corresponder à sua “poeticidade habitual, utilizando a capacidade da pintura em criar narrativas sociais contemporâneas”, pode ler-se em nota de imprensa.

Mariana Duarte Santos “faz da pintura e da gravura, em jeito figurativo, a sua arte, muitas vezes influenciada por outras áreas artísticas como o cinema e a literatura”. Estudou na Escola Secundária Artística António Arroio e no Ar.CO e fez o seu primeiro mural em 2019. Influenciada pelo conceito de memória, a artista portuguesa soma já mais de 40 murais em sítios como Irlanda, Luxemburgo, Portugal ou Espanha.

Outro dos artistas que a 10ª edição do WOOL irá receber é o pintor, muralista, ilustrador e printmaker grego Taxis, cujo trabalho assume, na sua maioria, “uma dimensão figurativa”. “Sempre em torno do ser humano e das suas inquietações, hábitos e lutas internas, Taxis procura retrabalhar velhos pensamentos com um novo olhar”.

 Um outro mural que o WOOL 2023 verá nascer será da autoria de um/uma artista escolhido/a através de uma open call destinada a artistas com idade superior a 18 anos, nacionais ou internacionais, e residentes em Portugal, que tinham de integrar a identidade do território da Covilhã como temática central da sua proposta.

O resultado desta convocatória será conhecido em breve.

Em nota de imprensa, a organização destaca ainda outras atividades que fazem parte do programa.

“O WOOL Vai à Escola” é uma ação participativa, com orientação de Pitanga (artista portuguesa de nome próprio Joana Rodrigues), e que vai à Escola Básica de São Silvestre criar um mural que parte de uma reflexão das crianças sobre o ODS — Objetivo de Desenvolvimento Sustentável nº 11, que se foca na “construção de cidades e comunidades inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis”.

Mariana Duarte Santos dará também um workshop de linogravura, uma técnica de impressão que se serve do linóleo e da sua escavação, para criar uma impressão em papel idêntica à técnica de um carimbo. Vai decorrer no dia 17 de junho, entre as 15:00 e as 18:00, na Biblioteca Municipal da Covilhã.

A entrada é limitada a 15 pessoas (dos 15 aos 80 anos) e as inscrições gratuitas podem ser feitas através do endereço info@woolfest.org.

Dia 15 de junho, às 21:15, na Banda da Covilhã, vai ser apresentado o filme Banksy — Procura-se!. Realizado em 2020 por Aurélia Rouviere e Seamus Haley, este é um documentário que procura “responder a uma questão inúmeras vezes levantada no seio da comunidade artística contemporânea nos últimos anos: quem é Banksy?”.

Em 2023, o WOOL terá uma app. A “WOOL | wall by Wall” é uma aplicação desenvolvida em parceria com Edgar Ladeira, aluno de Informática da Universidade da Beira Interior (UBI), e propõe um “roteiro pelas diversas obras espalhadas pela cidade através de uma dimensão de gamificação”.

De 12 a 18 de junho, é possível descarregar a aplicação e partir em busca de todas as peças criadas pelo WOOL ao longo das suas dez edições. Segundo a organização, a aplicação irá ainda oferecer prémios aos melhores utilizadores.

O lançamento da app será no dia 12 de junho, às 21:15 n’A Tentadora.

De acordo com o programa, o WOOL volta a ocupar o miradouro das Portas do Sol, dia 17, às 18:30, com um fim-de-tarde que além de música terá street food, um DJ set e um mercado urbano.

Numa parceria entre o WOOL e a CISMA – Associação Cultural, será apresentado o projeto “Entre Portas”, uma banda criada por jovens músicos do concelho da Covilhã e do Fundão que “gravitam em torno da música portuguesa, da música popular brasileira e do jazz”.

Para além destas atividades, e como é habitual, haverá ainda visitas guiadas, a pé e de tuk tuk, e uma conversa com os artistas.