Proteção Civil: ANAFRE aposta na formação para decisões cada vez mais “informadas e conscientes”

A Delegação Distrital de Castelo Branco da ANAFRE, Associação Nacional de Freguesias, está a fazer “um forte investimento” na formação de eleitos e funcionários das freguesias, para que possam fazer face à cada vez maior responsabilidade que assumem com a transferência de competências, avançou Rui Amaro, líder da instituição.

O também presidente da União de Freguesias do Peso e Vales do Rio falava no início da terceira de quatro ações de formação desenvolvidas na região, na área da proteção civil, que ontem ao início da noite decorreu no Tortosendo, dirigida a eleitos nas freguesias (juntas e assembleias) bem como a funcionários.


“A ANAFRE Distrital está a investir para que todos sejamos mais capacitados e mais esclarecidos nas decisões que tomamos no dia a dia. Nas Juntas de freguesia cada vez mais é importante estarmos conscientes do que estamos a fazer e a decidir”, disse.

O autarca recorda que “cada vez as responsabilidades são mais e maiores”, face à delegação de competências, um processo que, sublinha, “está a correr muito bem no concelho da Covilhã e na região”. “O que nos tem chegado à ANAFRE é que tanto as câmaras como as juntas estão a cumprir”, detalhou

Para Rui Amaro tal significa que as juntas têm “maior capacidade financeira” e logo podem fazer mais intervenções.

Uma aposta nas freguesias que agradeceu a Vítor Pereira, presidente da Câmara Municipal da Covilhã, desafiando-o a “continuar a apostar em força nas freguesias” para que, até final do mandato, “todos possamos fazer mais alguma coisa”.

“Sem a Câmara não conseguimos. O dinheiro quando vem do Governo para as câmaras vale 4 vezes mais, e quando vem das câmaras para as freguesias vale, pelo menos, 3 vezes mais”, disse.

Nuno Fonseca, Presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto e Coordenador da Zona norte da ANAFRE, sublinhou a importância da formação nas freguesias, afirmando que “esta é uma aposta que tem sido feita pela ANAFRE” e nesta matéria esta região e a “estrutura dirigida por Rui Amaro é um exemplo”.

Na área da proteção civil, Nuno Fonseca frisa que “só com formação e capacitação” dos eleitos nas juntas se consegue “uma resposta mais rápida, mais enquadrada, mais direta e mais próxima”.

“Quando as coisas correm mal o senhor presidente de junta é sempre chamado para resolver, mas tudo tem de ser de forma enquadrada”. “É importante que se capacitem e que tenham noção que têm um papel importantíssimo na área da proteção civil”.

Aos presidentes de Câmara deixou o desafio para que, através dos serviços municipais, criem nas freguesias “unidades locais de proteção civil”.

Uma iniciativa de formação aplaudida por Vítor Pereira, presidente da Câmara Municipal da Covilhã que sublinhou “o papel fundamental” das freguesias na proteção civil.

“São quem está na linha da frente”, alertou, salientando que “são os primeiros a ter contacto com a realidade dos acidentes, das tragédias, e designadamente do fogo. Falamos de proteção civil e por isso falamos da defesa integral de pessoas e bens, e claro que temos que colocar aqui especial enfoque nas questões relacionados com o fogo”, disse.

 Vítor Pereira não tem dúvidas que são os autarcas de freguesia, deste o presidente de junta aos eleitos na assembleia, que está mais próximo e que por isso “sofre na pele qualquer assunto relacionado com a proteção civil”, reafirmando que “é muito importante aprofundar e debater esta temática”, concluiu.

Estas ações de formação na área da proteção civil são promovidas pela Delegação Distrital da ANAFRE, decorreram na Sertã, Castelo Branco e Tortosendo, encerrando-se o ciclo, hoje, no Fundão.