SCC: “Nesta fase, não podemos ser poetas nem nos podemos iludir”

O Sporting da Covilhã empatou ontem sem golos na visita ao Vilafranquense, em Rio Maior, somando um ponto que poderá vir a ser decisivo para a manutenção na II Liga, apesar de se manter no último lugar do campeonato, com 28 pontos e a três do lugar de play-off.

Após a partida, o treinador Alex Costa salientou os recursos de um adversário “recheado de bons jogadores”, que ocupa o quinto lugar da tabela classificativa e foi aumentando de qualidade à medida que foi colocando em campo as “boas soluções que tinha no banco”.


“Não podemos esquecer que, de um ponto de vista emocional, as nossas condições são difíceis de gerir. Controlámos o Vilafranquense durante a primeira parte, o vento condicionou muito o nosso jogo, mas as melhores aproximações (à baliza) foram nossas”, destacou, em conferência de imprensa.

Ainda assim, o técnico serrano admitiu que o domínio do jogo recaiu para o Vilafranquense nos minutos finais: “Não fomos tão audazes do ponto de vista ofensivo e cometemos alguns desequilíbrios defensivos que permitiram aproximações perigosas por parte do adversário”.

Descrevendo a partida como um “jogo típico de II Liga”, Alex Costa lembrou que, tendo em conta a situação dramática do Covilhã na classificação, os jogadores poderão ter sofrido de alguma cautela em demasia, de forma a evitar a derrota.

“Temos de ser muito pragmáticos e objetivos, um ponto aqui pode ser muito positivo. Viemos para ganhar, mas quando não conseguimos, também não podemos perder. Se perdêssemos aqui, poderíamos pôr em causa muita coisa”, alertou o treinador dos “Leões da Serra”.

Já com os olhos postos na próxima jornada da II Liga, em que o Sporting da Covilhã vai receber o Trofense, penúltimo classificado com mais um ponto (29), Alex Costa falou numa “final” com apenas um “resultado possível” para ambas as equipas, a vitória.

“Temos de nos agarrar às coisas positivas. Nesta fase, não podemos ser poetas nem nos podemos iludir. Para a semana, vamos jogar com um adversário direto e este ponto tem de ser canalizado de forma positiva, porque vai ser fundamental para o futuro. Agora temos de ganhar o próximo jogo em casa para valorizar o que fizemos aqui”, sentenciou, despedindo-se com um apelo aos adeptos covilhanenses.

“Que façamos do Santos Pinto um estádio completamente cheio, a apoiar a nossa equipa do primeiro ao último minuto, a festejar cada canto e cada duelo como se fosse meio golo e a criar uma energia muito forte no jogo e que nos permita vencer um adversário direto”.

O Sporting da Covilhã volta a entrar em campo no próximo sábado, dia 20 de maio, às 11h, data em que recebe o Trofense, num jogo relativo à 33ª e penúltima jornada da II Liga.

Texto: Alexandre Dionísio