Com milhares de pessoas expectantes a assistir, as 10 marchas inscritas e as duas convidadas excederam essas expetativas e transformaram a noite de desfile das Marchas Cidade da Covilhã num êxito.
O público com quem a equipa RCC falou ao longo da noite foi unanime ao aplaudir o muito trabalho que cada grupo teve ao longo dos últimos meses. O cuidado nos trajes, a coreografia e, principalmente, a muita alegria de cada marcha.
Foram poucos os que quiseram arriscar qual era a melhor, apesar de haver sempre a preferida porque representava a sua zona de residência ou a que tinha amigos a marchar, ainda assim, e também nestas coisas o povo é quem manda, a maioria não tem dúvidas que “são todas vencedoras”.
Vítor Pereira, presidente da Câmara Municipal da Covilhã, considerou que as marchas são uma verdadeira manifestação de cultura popular, enraizada nos covilhanenses, e se, ao início tinha expectativas em alta, no final, aos jornalistas, afirmou que estas foram “superadas”, mostrando-se “profundamente satisfeito”.
“Estou profundamente satisfeito, foi uma grande noite de convívio, alegria, e com temas de natureza popular, que têm a ver com as respetivas agremiações”. “Uma noite de alegria com milhares de pessoas na rua”, disse. O autarca sublinhou ainda o “grande trabalho” de cada grupo, vincando, em declarações à RCC, que da parte da autarquia este é um “investimento na cultura e não um custo”.
O presidente da câmara, que retomou as marchas em 2016 depois de um interregno de vários anos, afirma que a sua qualidade tem crescido de ano para ano, mostrando-se convencido que “as próximas edições serão ainda melhores”.
Sobre os temas recorrentes de regresso ao Estádio Santos Pinto, para a noite de apresentação de coreografia, ou regressar a competição, Vítor Pereira afirma que são temas que estão sempre em cima da mesa. Quanto ao Santos Pinto o entrave tem a ver com o danificar o relvado que serve para a competição do SCC e a classificação, afirma que “só se houver consenso entre as marchas, o que não acontece”, uma vez que a maioria dos grupos “não quer ficar preso ao conjunto de regras que tal iria impor”.
Classifica este como um verdadeiro espetáculo “feito pelo povo e para o povo” descreveu o autarca, afirmando que tal se prova pela moldura humana que se gerou para assistir.
“É feito pelo povo para o provo, as pessoas reveem-se nas suas coletividades, naquilo que fazem, naquilo que criam”, concluindo que num espetáculo destes o importante a sublinhar é “o convívio, a presença massiva de público”, concluindo que não tem memória de ver tanta gente a assistir a um espetáculo destes na praça do município.
Recordar que as marchas se apresentam no próximo sábado, dia 24, no Complexo Desportivo da Covilhã, na noite dedicada às coreografias de cada grupo.
A ordem de apresentação e os temas mantêm-se em relação à primeira apresentação.
Grupo Desportivo Mata com o tema “Os Arraiais dos Santos Populares”
Junta de Freguesia do Tortosendo tem como tema “Tortosendo Vila das Flores”.
Moto Clube da Covilhã – Lobos da Neve, estreia-se nas Marchas Cidade da Covilhã com o tema “Esta marcha é linda é”.
UF Teixoso e Sarzedo, também estreante neste evento, com o tema “Teixoso e Sarzedo, juntos a marchar!”.
O Grupo Recreativo Vitória Santo António leva o tema “Há festa no Bairro, chegou a Banda Filarmónica”.
O Águias do Canhoso promete uma viagem ao passado com “Rotinas de outrora”.
O Oriental de São martinho trabalha o tema “Marcha do Oriental: da Tradição à Modernidade”.
O GER Campos Melo recorda que o “Fado: Património da Humanidade”.
O Académico dos Penedos Altos promete uma viagem ao “País das Maravilhas”.
O GIR do Rodrigo centra a sua marcha na coletividade com o tema “GIR, Uma Estrela Centenária”.
Para esta noite o grupo convidado é a Marcha do CCD PM de Cascais. O espetáculo está previsto para as 21:00.