O Coordenador Municipal da Proteção Civil da Covilhã, e também comandante dos Bombeiros Voluntários da Covilhã, Luís Marques, defende que em matéria de proteção civil a prevenção é fundamental e para esta premissa considera indispensável o trabalho dos sapadores florestais, tanto na limpeza ao longo do ano, como no combate aos fogos no verão.
“Eles desempenham um papel importante naquilo que defendemos: É no inverno que se combatem os fogos de verão”, sublinha.
Vinca que “na prevenção e os sapadores florestais têm um papel fundamental no preparar dos territórios, criar zonas de defesa, fazer limpeza de caminhos, fazer intervenções para alterar a floresta para que seja mais segura e para que os incêndios não tenham grandes dimensões”.
Luís Marques detalha ainda que, “no âmbito do dispositivo de combate, no verão, têm também um papel muito importante. Estão estacionados em locais estratégicos de vigilância em praticamente todo o concelho, desde Verdelhos a Casegas, abrangendo uma grande área da nossa mancha florestal, e são muitas vezes os primeiros a detetar os fogos e os primeiros a intervir”.
Luís Marques não tem dúvidas de que quanto mais equipas de sapadores existirem no território, “mais trabalho será feito no terreno, haverá melhor gestão do combustível e a florestas será mais segura”.
Defende que se “fosse possível existirem mais equipas, em especial na zona sul do concelho seria ótimo”, frisando, ainda, que “tudo o que se possa dar de apoio a estas equipas é investir na sua capacidade de intervenção”, sublinhando a importância dos protocolos hoje rubricados entre a autarquia e estas equipas.
Detalha ainda que o “investimento da Câmara Municipal nos Sapadores florestais e nas equipas de primeira intervenção nos Bombeiros, aumenta significativamente a resposta da proteção civil e deixa os responsáveis «mais descansados», pois há equipas profissionais a trabalhar na prevenção, e no combate, e de certeza que haverá melhor resultados no presente e no futuro”, vincou.
Luís Marques falava aos jornalistas hoje, após a assinatura de protocolos de apoio municipal a seis equipas de sapadores florestais no concelho.
Questionado sobre o Verão que agora se inicia, o Coordenador Municipal da Proteção Civil antevê uma época difícil, uma vez que a gestão de combustível feita em março e abril acabou por ser anulada pelas chuvas de maio e junho que “ajudam a que agora os combustíveis finos que «alimentam e potenciam» os incêndios de verão, voltem a crescer.
“A chuva fez com que tivéssemos um mês de junho, até agora, mais tranquilo, mas teremos que intervir nesta gestão de combustíveis mais uma vez”, sublinhou.