“Roubo, vergonha, desumanidade”: USCB e UF Covilhã Canhoso criticam “Covilhã Mobilidade”

“Desorganização, incompetência, desumanidade e esbulho” são os termos escolhidos pela União dos Sindicatos de Castelo Branco para caraterizar o que de “grave” se está a passar com os transportes na Covilhã.

Na assembleia de freguesia da Covilhã e Canhoso o tema também esteve em destaque com críticas duras da oposição e do executivo da União de Freguesias.


Em comunicado a União dos Sindicatos e Castelo Branco denuncia o “aumento do preço do tarifário” nos transportes da Covilhã, salientando casos em que a viagem passa de 1,20 para 1,75 euros e o passe também aumenta, descreve.

A USCB denuncia também “o corte de trajetos”, vincando “que há casos em que vão tirar os autocarros diretos ao hospital em todas as linhas, tendo os utentes de tomar dois autocarros”.

Os sindicalistas apontam ainda a supressão de autocarros durante a noite, a supressão de paragens/apeadeiros e os custos do estacionamento.

A forma como os utentes estão a ser atendidos e obrigados a pagar 5 euros pela renovação do título de transportes é outra critica apontada. “São filas de pessoas que esperam horas e horas no terminal rodoviário, sem lugar para estar sentados, para renovar o título de transporte. É uma desorganização, é uma incompetência, é uma desumanidade e é um esbulho”, descreve o comunicado.

A USCB promete ir a uma próxima reunião pública da autarquia denunciar a situação, vincando que “a Câmara não pode lavar as mãos como Pilatos”, uma vez que, “estamos certos, foram avisados com antecedência” sobra a cobrança de 5 euros, sublinha ainda a nota.

“Sabemos que a responsabilidade maior é da Transdev, mas a Câmara é a entidade detentora dos transportes públicos. Foi ela que aprovou o contrato de concessão e é ela que tem de zelar pelo bem das populações”, está descrito.

O tema esteve também em discussão ao final da tarde de quarta-feira na Assembleia de Freguesia da UF Covilhã e Canhoso.

José Horta, eleito pela coligação Juntos Fazemos Melhor criticou a situação do estacionamento que se vive no centro da cidade, afirmando que “não há razão plausível para o silo do Sporting estar fechado”.

Apontou ainda o dedo à cobrança de 5 euros para trocar o passe social, bem como as condições em que tal está a acontecer.

“Apesar de ser significativo para alguns agregados familiares, é no mínimo estranho que num negócio de 9 milhões de euros não esteja contemplado o livre acesso dos utentes a este cartão”, disse.

José Horta sublinha que o que se está a passar “é uma atrocidade e de uma deslealdade” da maioria absoluta na autarquia para com o seu eleitorado.

Também Carlos Martins, presidente da União de Freguesias, que já se tinha manifestado contra na Assembleia Municipal de segunda-feira, sublinhou que o sistema de mobilidade da Covilhã, nomeadamente o estacionamento é “mais um imposto disfarçado, que vai reverter para o privado”, concluindo que “é uma vergonha, é um roubo”, disse.