A Universidade da Beira Interior (UBI) vai contribuir para a regeneração da Ribeira da Goldra, junto ao Polo I, e, simultaneamente, “valorizar o património industrial”. A intervenção vai ter o apoio do programa Transformar Turismo, que aprovou uma candidatura submetida pelo Museu de Lanifícios da UBI (MUSLAN), no valor de 400 mil euros.
O projeto “Rota da Lã Educa” prevê “melhorar o espaço público em termos paisagísticos e naturais, destacando a importância da zona para o desenvolvimento da indústria de lanifícios”, pode ler-se na página da instituição.
O local vai receber uma roda hidráulica, a recuperação da galeria ripícola da ribeira e a plantação de espécies arbóreas resistentes a incêndios. Estas irão funcionar, em complemento à linha de água, como barreira de proteção do núcleo do Museu Real Fábrica Veiga, do campus universitário e da cidade da Covilhã, descreveu Rita Salvado, diretora do MUSLAN, à agência Lusa.
A implementação do projeto resulta no cruzamento “da educação ambiental e do turismo industrial, ao mesmo tempo que se faz uma intervenção paisagística no Vale da Goldra, numa área exterior e exposta à cidade”, sublinha a responsável, acrescentando que “este é um exemplo da resposta que o turismo cultural pode dar para regenerar o espaço urbano”.
“O campus e a cidade vão poder beneficiar muito”, concluiu.
O reitor da UBI, Mário Raposo, que relembra o papel da universidade na recuperação de antigas fábricas para a instalação de funções universitárias, destaca a importância da densificação da Rota da Lã do MUSLAN para a “recuperação da memória” do passado ligado à lã e dos antigos caminhos da transumância.
“É mais uma valência do Museu de Lanifícios para que os visitantes possam conhecer melhor o contexto da evolução da indústria de lanifícios”, afirmou também à agência Lusa.
O anúncio da aprovação do projeto do MUSLAN foi feito pelo secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, durante o Fórum Vê Portugal, que teve lugar na Covilhã, entre os dias 29 e 31 de maio.