Município da Covilhã pretende reduzir 55% das emissões de CO2 até 2030

Entre 2008 e 2021, o Município da Covilhã reduziu as emissões de dióxido de carbono (CO2) em 35% e o consumo total de energia em 23%, sendo que, até 2030, espera reduzir as emissões de CO2 em, pelo menos, 55%.  

A informação foi avançada ontem, dia 17, durante a sessão pública de apresentação do Plano de Ação para a Energia Sustentável e o Clima do município. O plano integra o Pacto de Autarcas para o Clima e Energia (CoM), ao qual o Município da Covilhã aderiu em 2021.


“Fizemos um levantamento de ações que nos vão permitir reduzir 55% dos gases com efeito estufa até 2030 e temos, ainda, 20% de adicional de redução de emissões de CO2 até 2030”, revelou Patrícia Lima, da empresa IrRADIARE.

Durante a apresentação do plano, Patrícia Lima explicou que, em 2008, ano de referência, os transportes eram o setor que mais consumia energia por consumidor, correspondendo a 45% dos consumos. Os consumos petrolíferos são a fonte de energia mais utilizada por vetor energético, com um valor de 54%.

Em 2021, o cenário era idêntico, com o setor dos transportes a corresponder a 48% dos consumos, seguindo-se os consumos nos edifícios residenciais, com 21%, e na indústria com 15% dos consumos. Em termos de fontes de energia mais utilizadas destacam-se os consumos de petrolíferos (49%) e de eletricidade (29%).

Como medidas a implementar no âmbito do Pacto de Autarcas para o Clima e Energia, destaca-se a criação de áreas arborizadas em espaços públicos, sequestro natural da floresta e agricultura sustentável.

Na otimização da iluminação pública, prevê-se “a continuação da implementação de iluminação LED nas infraestruturas de IP do concelho, visando abranger 100% das infraestruturas, prevendo-se a substituição de 21.358 luminárias”.

Neste tópico, Patrícia Lima garantiu que o município iniciou, em 2017, a “substituição de luminárias já obsoletas por novas luminárias com tecnologia LED, nas redes de iluminação pública”.

Entre outras, infraestruturas municipais, habitação social e climatização eficientes; compras públicas sustentáveis; promoção da energia fotovoltaica; transporte público sustentável; pontos de carregamento de veículos elétricos; e transportes partilhados foram algumas das medidas apresentadas.

José Armando Serra dos Reis, vice-presidente da Câmara Municipal da Covilhã, realçou a importância da adesão do município a este palmo, frisando que tal significa que se está a “preparar o futuro”.

“O Município da Covilhã tomou a iniciativa de aderir a esta oportunidade para nos envolvermos todos, de forma a mitigar as emissões de gases e efeitos de estufa, que vêm provocando alterações climáticas significativas, o que implica que todos estejamos a preparar o futuro”, vincou.

“Aumentar a resiliência do território” é o objetivo da autarquia, salientou Serra dos Reis, acrescentando que, ao mesmo tempo, passa, também, por “garantir a produção de estudos e informação necessária no âmbito do pacto”.

Em última nota, o autarca disse ser “um plano que abrange todos os serviços”, uma vez que “apresenta medidas transversais para todos os problemas”.

Recordar que a Assembleia Municipal da Covilhã aprovou, no dia 21 de abril de 2021, a adesão do município ao pacto dos autarcas.