Cherovia e Panela no Forno têm novos defensores. Confraria realiza capítulo e lança confraria juvenil

A Confraria Gastronómica da Cherovia e da Panela no Forno, duas iguarias típicas da Covilhã, realizou ontem, dia 23, o II Capítulo em que entronizou 10 novos confrades e um confrade de honra.

São 11 novos “defensores e divulgadores” das iguarias, juraram durante a cerimónia.


O capítulo foi também pretexto para lançar a confraria infantil e juvenil, “um sinal de esperança para o futuro”, garantiu o chanceler Eduardo Cavaco durante a cerimónia.

O dirigente considerou que 2023 tem sido “um ano importante” para a agremiação, recordando os dois livros lançados que pretendem “preservar e divulgar as tradições e produtos da região”, apontando que está na calha o lançamento de um terceiro, também com esse objetivo.

O chanceler, à semelhança do que defendeu a confrade de honra Ana Marques Pereira, vinca que o papel da confraria é mais do que confraternizar, é pesquisar, preservar e divulgar.

Uma ideia também sublinhada pelo grão-mestre, Jorge Saraiva, que apontou o documentário realizado sobre estas iguarias, e que em breve será disponibilizado publicamente, como um marco importante de promoção. Afirma que a confraria é acima de tudo “uma realidade de preservação civilizacional”.

A covilhanense Ana Marques Pereira, médica e historiadora da gastronomia portuguesa, com diversos livros publicados, foi entronizada como a primeira confrade de honra e disse, durante a cerimónia, “que esta é a confraria certa” para si, dado o gosto pela cherovia. Recorda que “é difícil encontrá-la em Lisboa” e por isso quando vem à Covilhã leva para guardar e “ter refeições especiais”.

Alertou, no entanto, que uma confraria é mais do que confraternizar à mesa, vincando que estas devem ser “mais rigorosas e investigarem mais, em relação ao elemento que defendem”.

Um dos momentos altos da cerimónia foi a estreia do hino da confraria, com letra de Irene Ribeiro e música de Carlos Almeida. Foi interpretado pela Banda da Covilhã e cantado por Adriana Mendes.

“Viva, viva a Cherovia, nesta terra tão beirã, e a Panela no Forno, cá da nossa Covilhã”, canta-se no refrão.