Festival da Cherovia: Transporte público gratuito para o recinto é a “grande novidade”

O Festival da Cherovia, que vai este ano para a 16º edição, “é uma marca gastronómica da Covilhã, concelho e região”, disse Eduardo Cavaco, presidente da Banda da Covilhã, durante a conferência de imprensa de apresentação do evento.

O dirigente realçou o centro histórico da cidade, onde decorre o evento, como um fator “fundamental” para o sucesso do festival.


“Ao passarmos para o centro histórico, descobrimos novos pontos de interesse, não só pela localização, mas pela potencialidade do espaço, que é fundamental para o sucesso do festival”, vincou.

Uma das grandes novidades na edição deste ano é a criação de transporte público gratuito para o recinto do festival, revelou Eduardo Cavaco, dando nota que os autocarros irão fazer a deslocação das pessoas entre “o início da noite” e a 01:30 da madrugada.

A partida será no Complexo Desportivo, que vai estar aberto na sexta-feira e no sábado para estacionamento, e o destino será o Pelourinho.

“Acreditamos que irá ser uma mais-valia, porque, para além de as pessoas chegarem de forma confortável às portas do festival, é objetivo do mesmo ser um evento ecológico”, explicou.

Este ano, irão estar presentes mais de 200 novas receitas de cherovia, algumas delas já colocadas nas ementas da rota gastronómica, o que, para Eduardo Cavaco, significa que a rota “tem vindo a crescer”, passando de 21 estabelecimentos aderentes para 25.

Esta edição conta também com o “maior número de stands, desde sempre, no festival”, o que revela uma “maior procura de participantes e associações da cidade e do concelho”.

“Isto traz uma maior riqueza ao festival, porque, envolvendo diferentes associações, estamos a envolver mais comunidades e estamos a chegar cada vez mais longe com o festival”.

A nível musical, a organização decidiu apostar, mais uma vez, “nos artistas da terra”, sublinhando que o festival da cherovia “é uma montra para os artistas locais”.

José Miguel Oliveira, vereador com o pelouro do associativismo na Câmara Municipal da Covilhã, sublinhou “a evolução deste festival ao longo dos anos” e a forma como, em conjunto, a organização e parceiros têm “sabido dar os passos certos para que a marca do Festival da Cherovia se densifique e ganhe cada vez mais adeptos, não só do concelho, mas também de fora”.

O autarca referiu, também, a “preocupação” da organização em “trazer artistas da terra”, algo que “a Câmara Municipal, nos seus eventos, também tem feito”, frisou José Miguel Oliveira.

“Temos seguido esta linha e é importante que o Festival da Cherovia acompanhe esse desígnio”.

O festival “tem sido, cada vez mais, uma aposta ganha naquilo que é o aumento do número de visitantes, a tecnologia, a tradição e a qualidade gastronómica”, vincou o autarca, explicando que o objetivo “é continuar a trabalhar nesse sentido”.

Diogo Domingues, da Associação Cultural Desertuna, considera o festival da cherovia como “uma mais-valia para a cidade, especialmente para o acolhimento dos novos estudantes da Universidade da Beira Interior (UBI)”.

“Com o início do ano letivo na segunda-feira, certamente que será a melhor altura e oportunidade para os enquadrar naquilo que é a vivência da cidade da Covilhã”, salientou.

Do programa faz parte a caminhada “Rota da Cherovia”, na manhã de dia 24, com saída às 09:00 de uma plantação de cherovia, na vila do Ferro, e chegada ao local do Festival da Cherovia, na Covilhã.

Com um orçamento de 25 mil euros, o festival decorre entre os dias 21 e 24 de setembro no recinto atrás da Câmara Municipal.