Covilhã Social: Protocolo com a CASES dá início à criação do Banco Local de Voluntariado

Foi esta manhã formalizado um protocolo entre a Cooperativa António Sérgio para a Economia Social (CASES) e a Câmara Municipal da Covilhã, que vai permitir a criação do Banco Local de Voluntariado do concelho.

O documento, que será ratificado na próxima reunião do executivo, foi assinado durante o 3.º Encontro Covilhã Social que decorre hoje, ao longo de todo o dia, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, e que tem como tema principal o voluntariado.


Na sessão de abertura do evento, que junta associações e entidades do setor social, Vítor Pereira, presidente da Câmara Municipal, destacou a “causa nobilíssima” a que este setor se dedica, salientando também os valores de solidariedade que estão bem enraizados na população.

 “É uma causa nobilíssima que todos devemos aplaudir e todos nos devemos a ela associar. A Covilhã é historicamente solidária. Temos essa boa tradição”, disse, detalhando que tal se comprova “com o elevado número de associações que existem, muitas delas do setor social”. “Uma caraterística que enobrece a cidade e o concelho”, vincou.

O autarca disse ainda, durante o seu discurso, que o setor social foi “sempre uma prioridade política” na sua governação autárquica. Realça que o setor social é determinante para a coesão do território, afirmando que “emparceirar com as instituições do setor social é a melhor forma de promover essa coesão.

“São as vossas associações que nos ajudam a ir mais longe”, sublinhou, falando para os representantes das várias instituições presentes na sala.

O autarca aponta, nesta matéria, o importante papel dos voluntários, dizendo que “sem eles seria mais difícil” esta missão solidária.

Sobre o protocolo firmado com a CASES, que dá início à constituição do Banco de Voluntariado da Covilhã, Vítor Pereira sublinha que “é mais um passo para fortalecer esta missão”.

Dizer que a CASES tem como objeto promover o fortalecimento do setor da economia social, aprofundando a cooperação entre o Estado e as organizações que o integram, bem como a prossecução de políticas na área do voluntariado.

Carla Ventura, vice-presidente da Cooperativa, disse na Covilhã que falar sobre esta matéria, é falar sobre “cidadania ativa e coesão”.

Realçando o papel do voluntariado ao serviço do bem comum, elogiou a iniciativa da Câmara da Covilhã, e da Rede Social, pela escolha do tema em debate.

Sublinha que a Cooperativa está apostada na disseminação dos Bancos Locais de Voluntariado, apoiando as estruturas que são próximas das realidades locais e envolvendo os municípios, que “são as alavancas do desenvolvimento local”, disse.

No protocolo assinado está especificado que ao Banco Local de Voluntariado caberá a promoção e o desenvolvimento do voluntariado no concelho, em cooperação, designadamente, com as organizações promotoras de ações de voluntariado.

“Sensibilizar os cidadãos para o voluntariado, divulgando projetos e oportunidades de voluntariado, acolher a inscrição dos/as voluntários/as e das organizações promotoras de voluntariado, criar um registo com os dados recolhidos, o qual deverá contemplar os elementos de informação previstos na Plataforma Portugal Voluntário, para efeitos de inscrição de voluntários e de organizações promotoras de voluntariado, com vista à respetiva harmonização”, são algumas das atividades previstas para o Banco Local de Voluntariado, sendo que para o efeito será criado um espaço físico para o seu funcionamento.

Neste 3.º Encontro Covilhã Social foi ainda feita uma homenagem a quatro instituições centenárias, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Covilhã, a Santa Casa da Misericórdia da Covilhã, a Casa do Menino Jesus e a Sociedade S. Vicente de Paulo, que têm no voluntariado a sua génese.

“Na figura destas quatro instituições pretendemos homenagear todas as que também promovem o voluntariado no concelho”, sublinhou Vítor Pereira.