Trienal Internacional de Design da Covilhã em 2025 para celebrar o têxtil

A primeira edição da Trienal Internacional de Design da Covilhã vai decorrer entre março e junho de 2025 e terá enfoque no design têxtil, foi anunciado durante a apresentação do evento, que decorreu esta terça-feira, dia 14, no Teatro Municipal da Covilhã.

Trata-se de uma iniciativa do Município da Covilhã que será trabalhada em conjunto com o coletivo Ideias Emergentes-Produções Culturais, explicou Regina Gouveia, vereadora com o pelouro da cultura na Câmara Municipal da Covilhã.


A autarca sublinha que se trata do “maior e mais relevante” evento realizado no âmbito do plano de ação da classificação da Covilhã como Cidade Criativa da Unesco na área do Design, o que, recorde-se, aconteceu a 8 de novembro de 2021.

O evento terá uma dimensão internacional, vai “trazer mundos à Covilhã e levar a Covilhã a outros mundos”, foi explicado durante a apresentação.

“Partir do território e trabalhar com o território, é o objetivo da Covilhã Cidade Criativa, mas temos que estar cientes que a Trienal tem uma dimensão internacional que vai extravasar o que somos como cidade criativa”, disse regina Gouveia.

A trienal terá componentes tão diversificadas como a expositiva, assente numa exposição internacional e em exposições de contexto, a científica e técnica que será explorada em conferências, a formativa que terá expressão em workshops e a criativa a ser explorada, entre outros, em residências artísticas que terão início já em 2024, para que se conheçam os resultados durante a Trienal, apontou a vereadora.

“Terá também desafios a designers e criadores que tenham impacto no território”, salientou a autarca.

O tema escolhido para esta primeira edição é o têxtil, um conceito ancorado no passado e na história da “cidade fábrica”, apontou.

A vereadora sublinha que a Trienal é o culminar de “um caminho que se vem fazendo através de outros eventos”, considerando que esta será “marcante”, trazendo à Covilhã “boas práticas e bons exemplos” que existem na região, no país e além-fronteiras.

“Muitas vezes as pessoas despertam para algo que têm no seu lugar, percebendo como é valorizado, algo semelhante, nos mundos dos outros”, disse.

Um evento que pretende “continuar a estabelecer e reforçar pontes”, apontou Regina Gouveia, frisando que para o efeito serão convidadas a participar outras cidades Criativas da UNESCO a nível nacional e internacional.

A Trienal tem como objetivo fazer a ligação entre a “criatividade, arte e cultura”, sublinhou a autarca, sustentando que se pretende “desenvolver um ecossistema criativo”, mostrando que a “Covilhã é um território que valoriza a criatividade e onde os criativos se podem desenvolver”.

O programa do evento não está fechado, apontaram os elementos da “Ideias Emergentes”, explicando que ao longo dos três meses do evento será dado enfoque às “paisagens têxteis locais”, apontando que nas várias realizações se pretende “deixar sementes para o futuro”.

O projeto de programa apresentado aponta para a presença de um designer de “renome internacional” como convidado, a realização de um festival de design, workshops e oficinas para jovens e designers em formação. Estão ainda previstas iniciativas de longo prazo a levar a cabo com a comunidade e uma ‘open call’ para propostas de intervenção de design em espaço público.